É o primeiro aumento no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras em 2020. Antes, a companhia havia anunciado quatro reduções, diante da queda das cotações internacionais do petróleo. A demora para que os repasses chegassem ao consumidor motivou uma campanha do presidente Jair Bolsonaro contra governadores.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina nas bombas caiu apenas 1% desde o pico de R$ 4,59 por litro atingido na semana do dia 25 de janeiro. Na semana passada, o litro do combustível era vendido no país, em média, a R$ 4,55.
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Até lá, antes do reajuste anunciado nesta quarta (19), a queda acumulada nas refinarias era de 11%. Bolsonaro culpou os impostos estaduais pela demora no repasse e desafiou os estados a zerar a alíquota do ICMS, gerando uma onda de cobranças contra governadores em redes sociais.
Convocado a apaziguar os ânimos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu depois que a proposta era inviável. Após reunião com os governadores, ele disse que a tributação dos combustíveis será incluída no debate da reforma tributária.
O reajuste anunciado ao mercado nesta quarta é visto por alguns analistas como insuficiente para cobrir a defasagem com relação às cotações internacionais. Na última sexta (14), segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o preço da gasolina no Brasil estava R$ 0,14 abaixo da cotação do Golfo do México.
A política de preços da Petrobras é baseada em um conceito chamado de paridade de importação, que inclui as cotações internacionais, a taxa de câmbio e custos para importar os produtos, além de margens de lucro. A estatal diz, porém, que o cálculo do valor da paridade varia de empresa para empresa.
No caso do diesel, o CBIE estima que o preço interno esteja R$ 0,12 por litro abaixo das cotações internacionais. No ano, o produto acumula queda de 14% nas refinarias. Nas bombas, segundo a ANP, caiu 2,1% desde o pico de R$ 3,791 por litro da semana de 18 de janeiro. Na semana passada, saiu em média por R$ 3,711 por litro.
Nesta semana, caminhoneiros voltaram a protestar no porto de Santos. Na pauta, além de questões relacionadas ao novo zoneamento do porto, estava também o preço do combustível. O tema também vem sedo usado por petroleiros em greve para questionar as políticas da atual administração da Petrobras.
Via Folhapress
Esta postagem foi publicada em 20 de fevereiro de 2020 05:06
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