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Barragem de Ceraíma recebeu 3,12 milhões de metros cúbicos de água nos últimos três dias

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As recentes chuvas que caíram sobre a bacia do rio Carnaíba de Dentro nos últimos três dias levaram mais de 3,12 milhões de metros cúbicos de água para a Barragem de Ceraíma. Nesse período, o nível da água subiu 0,80 m.

O lago armazena nesta segunda-feira (9), 41,825 milhões de metros cúbicos, de um total de 51,09 milhões. O volume é melhor do que o registrado no mesmo período de 2019, quando a barragem armazenava 37,724 milhões de metros cúbicos.

Para iniciar o vertimento, ou sangrar como é dito popularmente, ainda é necessário acumular mais de 9 milhões de metros cúbicos. Em termo de nível, ainda falta subir 2,15 metros para que o lago alcance sua capacidade total.

Em 6 de dezembro de 2019, a barragem atingiu seu menor volume antes da intensificação das chuvas. À época, segundo dados da Codevasf, o armazenamento era de 28,57 milhões de metros cúbicos. De lá até hoje, o volume aumentou em mais de 13,25 milhões de metros cúbicos e o nível subiu cerca de 3,5 metros.

Neste período, o acumulado de chuva em algumas regiões de cabeceira passou de 750 mm, segundo moradores das regiões dos distritos de Morrinhos (Guanambi) e Guirapá (Pindaí).

Embora as previsões continuem apontando para a possibilidade de chuvas intensas na região pelo menos até quarta-feira (11), o volume total não deve ser atingido nesta temporada chuvosa, desde de que não sejam registrados eventos extremos de chuva nas cabeceiras. Segundo a meteorologia, ainda há previsões de chuvas na região até o início do mês de abril.

A água armazenada em Ceraíma é usada na irrigação do Perímetro Irrigado, composto por 112 pequenas propriedades produtoras de frutas e hortaliças. Após uma forte seca nos primeiros anos desta década, a irrigação foi suspensa e a produção agrícola despencou na região. Além disso, a estrutura de canais que distribuíam a água para os lotes ficou danificada.

Ceraíma ainda abastece comunidades vizinhas à barragem e complementa o Sistema Adutor do Algodão. A pior seca registrada nos últimos anos ocorreu em 2013, quando o volume útil da barragem chegou a apenas 1%.

No ano passado, a Codevasf entregou aos colonos a revitalização do perímetro, com a substituição dos antigos canais por tubulações subterrâneas. Com a volta da água, os agricultores estão retomando as atividades.

Outras Barragens

As outras barragens da Região estão com menos de 50% de capacidade de armazenamento. Segundo a última atualização realizada pela Codevasf na sexta-feira (6), Poço do Magro, em Guanambi, estava com apenas 27% de capacidade.

Cova da Mandioca e Estreito, ambas em Urandi, acumulavam até a última medição 23% e 7% respectivamente de volume útil.

Segundo informações obtidas pela Agência Sertão, o nível da Barragem do Estreito subiu 1,6 metros no fim de semana, levando o volume a aproximadamente 37% da capacidade de armazenamento de água.

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