A Renova Energia, controlada pela Cemig, informou que seu conselho de administração decidiu pela aceitação de oferta vinculante para financiamento da conclusão das obras do parque eólico Alto Sertão III, apresentada em conjunto por Arc Capital, G5 Adminsitradora de Recursos e XP Vista Asset Management.
Em fato relevante divulgado na noite desta sexta-feira, a Renova disse que, de acordo com os termos da oferta, concederá prazo de 30 dias de exclusividade para “negociação satisfatória dos documentos da operação entre as partes”.
A proposta de financiamento vem após a Renova Energia ter entrado, no final do ano passado, com pedido de recuperação judicial no qual listou dívidas de 3,1 bilhões de reais. As informações são do Money Times.
No início da semana, a Renova recebeu uma proposta da Castlelake para comprar o Complexo Eólico Alto Sertão III, no entanto, o conselho de administração decidiu pelo aceita ao financiamento.
Em outubro do ano passado, a AES Tietê desistiu de comprar o complexo. Na época, a empresa se justificou informando que não havia cumprimento das condições prévias por parte da vendedora.
“A companhia reforça que continua engajada em sua estratégia de crescimento, analisando oportunidades de projetos que criem valor para seus acionistas”, disse a AES Tietê na ocasião.
o Complexo Eólico Alto Sertão III, localizado entre as cidades de Caetité, Igaporã, Riacho de Santana, Urandi e Licínio de Almeida no estado da Bahia.
As obras foram paralisadas no final de 2016 por falta de recursos. A Renova já investiu cerca de R$ 400 milhões no projeto, quando concluído terá 400 MW de capacidade instalada. No final de julho, a companha conseguiu postergar o pagamento do empréstimo ponte de R$ 937,2 milhões com o BNDES. O endividamento total da Renova soma R$ 1,87 bilhão.
Antes da crise, no final do primeiro trimestre de 2016, a Renova possuía 2.655 MW de capacidade contratada. Nesse período, a empresa reduziu sua capacidade em 2 GW e hoje conta com 619,8 MW de potência contratada. A partir de janeiro de 2020, a empresa prevê que não possuirá nenhuma exposição em sua comercializadora de energia.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou quase 1 bilhão de reais para o empreendimento.