Isolamento social não aumentou denúncias de violência doméstica em Guanambi

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Desde o início do período de isolamento social, não houve aumento significativo da denúncias de violência doméstica em Guanambi. A quase dois anos, não há registro do chamado feminicídio na cidade, agravante dos homicídios quando cometidos contra mulheres apenas pela condição de gênero.

Segundo a Ten. da Polícia Militar Jacimara Ornelas, responsável pela Operação de Ronda Maria da Penha Presente (OPRMP), o fluxo de denuncias e ocorrências permanece normal. “Até o momento não houve aumento, seguimos acompanhando as Marias que já tinham medidas protetivas “, afirma a tenente.

Em contato com o Centro Integrado de Comunicação (Cicom), a responsável Catarina Malvar, afirma que não foi percebido aumento significativo sobre esse tipo de ligações. “Não teve aumento que saísse da faixa da normalidade”. Em seguida ressaltou – “Nem sempre os problemas chegam de imediato ao 190 no que tange Maria da Penha. Porquê muitas vão direto para a delegacia ou já tem suas medidas expedidas”.

A Agência Sertão entrou em contato com a 22º Corpin para saber se houve redução ou aumento de ocorrências de denúncias nos últimos meses e se no período de isolamento houve exceção, no entanto, não obteve resposta.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) apresentou dados neste domingo (26) que apontam uma redução no número de crimes cometidos contra mulheres durante o período de quarentena provocado pelo novo coronavírus.

Os dados correspondem a um espaço de 30 dias, entre 16 de março e 16 de abril. Nesse período, o número de ameaças contra mulheres caiu 58% (1.212 contra 507), os estupros reduziram 46% (63 contra 34), as injúrias apresentaram queda de 76,8% (678 contra 157) e as lesões corporais caíram 33,2% (611 contra 408).

Com a tendência de queda nas denúncias, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, chegou a divulgar no início de abril que os canais Ligue 180 e Disque 100 seriam reforçados por meio do aplicativo Direitos Humanos BR, para que as mulheres possam fazer o registro da denúncia de forma online, sem recorrer à ligação.

Profissionais estimam que os dados da violência contra a mulher não refletem a realidade devido à dificuldade em registrar a denúncia. Os especialistas cobram canais de atendimento e estratégia de proteção nacional por parte do Ministério da Mulher. Aplicativo anunciado pela ministra Damares, no início do mês, funciona apenas parcialmente.

Esta postagem foi publicada em 28 de abril de 2020 14:49

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