Guanambi perdeu 124 postos de emprego entre março e abril

Foto: Edu Vale/Agência Sertão

O Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) tornou público os dados de admissões e demissões realizadas em todo o país, no período de janeiro a abril de 2020. Os dados não eram divulgados desde dezembro do ano passado e voltam a ficar disponíveis em uma nova plataforma.

Em Guanambi, somente no mês de abril, 111 vagas de trabalho com carteira assinada foram fechadas. Entre janeiro e fevereiro, 54 novas vagas foram criadas. Após o início da pandemia, em meados de março, foram fechados 124 postos. O saldo do ano é de 70 postos de trabalho a menos.

A maioria das vagas fechadas nos dois últimos meses foram no setor de Comércio (incluindo todo o setor automotivo), mais impactado pelas medidas de isolamento social. Desde o início da pandemia, até 30 de abril, 75 trabalhadores deste setor perderam a carteira assinada. De janeiro a fevereiro foram abertas 55 vagas.

O comércio considerado não essencial ficou fechado de 23 de março a 6 de abril, antes de ser flexibilizado até o dia 16 de maio, e novamente fechado desde o dia 17, quando surgiram os primeiros casos da Covid-19 na cidade.

O setor de Construção Civil perdeu 51 vagas, enquanto a Indústria de Transformação perdeu 23 postos e o setor de Alojamento e Alimentação (hotéis, restaurantes, lanchonetes) perdeu 12.

O setor de Educação, impulsionado pelo início do ano letivo, teve o melhor saldo, com 25 vagas a mais, Seguido do setor de Saúde Humana e Serviços Sociais (12), Informação e Comunicação (10) e Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas (7).

De Janeiro a abril de 2019, foram criadas 182 vagas de carteira assinada, somente em abril daquele ano foram 101 vagas a mais no município. Em todo o ano passado, foram criados 362 novos postos de trabalho.

Saldo de empregos em Guanambi por setor – Janeiro a Abril – Caged

Em toda a Bahia, nos meses de janeiro e fevereiro, foram criadas 10.018 vagas. Nos últimos dois meses, 47.566 postos de trabalho foram fechados, saldo negativo de 37.548 vagas. O setor de Serviços perdeu 17.220 vagas, enquanto o Comércio perdeu 12.866, a Construção Civil 6.414 e a Indústria 1.701. A Agropecuária foi o uníco setor com saldo positivo, 663 novos postos desde janeiro.

Em todo o país, foram fechadas 763.232 vagas de empregos. Nos meses de janeiro e fevereiro foram abertas 333.973 novas vagas, já no acumulado de março e abril, após o início da pandemia de coronavírus, houve retração de 1.101.205 vagas. Foram 4.999.981 admissões e 5.763.232 demissões. No mesmo período de 2019, o Caged registrou 5.529.457 admissões e 5.215.622 demissões, com um saldo positivo de 313.835. Ou seja, as admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no intervalo de um ano.

Em abril do ano passado, o Caged teve saldo de +129.601 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.071 demissões. No mesmo mês de 2020, as contratações ficaram em 598.596 e número de desligamentos chegou a 1.459.099, gerando um resultado de -860.503 empregos.

Ou seja, enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação abril de 2019 com o mesmo mês deste ano. Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com -260.902. O estado é seguido por Minas Gerais (-88.298), Rio de Janeiro (-83.626) e Rio Grande do Sul (-74.686).

Na comparação mês a mês, o salário médio real de admissão no Brasil cresceu. Passou de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado.

Manutenção de empregos

Desde 1º de abril, data da edição pelo governo federal da Medida Provisória 936/2020, que criou o Programa Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, foram preservados mais de 8,1 milhões de empregos no país. O programa prevê que os trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado receberão o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm).

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