O Hospital Geral de Guanambi e o Hospital Municipal Carmela Dutra, em Bom Jesus da Lapa, estão recebendo túneis de desinfecção desenvolvidos pelo Senai Cimatec. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Gandu também está recebendo o equipamento.
A ação é de uma força-tarefa coordenada pelas secretarias do Planejamento (Seplan) e Desenvolvimento Econômico (SDE). Os dois hospitais e a UPA também estão recebendo bolhas de contenção, protetores faciais de acrílico e máscaras de TNT.
Para o HGG 2.000 máscaras de TNT, 20 protetores faciais de acrílico e quatro bolhas de contenção. Hospital Municipal Carmela Dutra, em Bom Jesus da Lapa, também receberá 2.000 máscaras de TNT, 20 protetores faciais e quatro bolhas de contenção, enquanto que a UPA de Gandu, que também atende pacientes com Covid-19, vai contar com 2.000 máscaras de TNT, 20 protetores faciais de acrílico e 3 bolhas de contenção.
Segundo Walter Pinheiro, secretário estadual do Planejamento, a medida visa abastecer as unidades de saúde do Estado com insumos e equipamentos para garantir qualidade nos serviços prestados.
Cremeb se posicionou contrário ao uso do equipamento
Em 15 de maio, o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) emitiu parecer onde se posiciona contrário ao uso do túnel de desinfecção. Segundo a entidade, o procedimento de passar pelo não encontra fundamentação científica e coloca seus usuários sob risco.
O Cremeb diz ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Federal de Química alertaram e a Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do conselho ratificou que não existem dados de segurança no que se refere a dose, concentração e frequência de utilização de produtos químicos (peróxido de hidrogênio, hipoclorito de sódio, amônia quaternária ou ozônio) para utilização direta em pessoas. A situação pode acarretar ainda uma maior susceptibilidade individual e risco de desencadeamento de reações de sensibilidade dérmica e respiratória.
Por essa razão, o órgão recomenda que todas estas câmaras de desinfecção sejam imediatamente desinstaladas dos serviços de saúde e que venham a ser utilizadas apenas em protocolos de pesquisa, registrados em Comitês de Ética em Pesquisa e que seus usuários o façam após autorizarem ser participantes da pesquisa.
Por fim, o conselho diz ainda que “o gasto na instalação de tais equipamentos não se justifica segundo as normas da moralidade pública, a menos que em protocolos de pesquisa” e ainda conclama aos poderes públicos e à sociedade para que evitem utilizar tais equipamentos em vias públicas, e que não façam aquisição de tais equipamentos (ainda que por doação) e denunciem a utilização inadequada e danos decorrentes de tais produtos.