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Aprovação do governo de Bolsonaro cresce após pagamento do auxílio emergencial, diz Datafolha

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alcançou o maior índice de aprovação deste o início do seu mantado. Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada no fim da noite desta quinta-feira (13), 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam na pesquisa anterior, feita em 23 e 24 de junho.

Maior do que a aprovação foi a queda da rejeição, 10 pontos percentuais. Para 34% dos entrevistados, o governo é considerado ruim ou péssimo, em junho era 44%. Já os que consideram o governo regular subiram de 23% para 27%.

O Datafolha ouviu 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi realizada por telefone.

Segundo a Folha, a variação na avaliação do presidente coincide com a mudança de postura nos últimos meses em relação ao embate com os outros poderes e de forma indireta com o pagamento do auxílio emergencial a cerca de 65 milhões de brasileiros afetados pela pandemia do coronavírus.

Em junho, Bolsonaro viveu seu pior momento em relação à sua avaliação desde quando assumiu o poder em janeiro de 2019. A crise amplificou-se, com rumores alimentados por notas oficiais acerca de intenção de uso das Forças Armadas e com críticas a decisões que contrariavam o Planalto no Judiciário. Ao mesmo tempo, o presidente liderava o ataque direto às políticas de isolamento social da pandemia da Covid-19, que no começo classificara de “gripezinha”.

Aos poucos, a tensão levou a especulações nos meios políticos sobre um eventual impeachment do presidente.

Isso o fez mudar de rumo no Congresso, aliando-se a partidos do centrão que antes espezinhava, dando cargos e verbas em troca de apoio. Mas o ponto de inflexão é 18 de junho, quando é preso Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio, investigado no caso das “rachadinhas” e elo entre o gabinete do hoje senador e milícias no Rio de Janeiro. Com a pesquisa de junho indicando estabilidade em sua avaliação, apesar de estrago visível do caso Queiroz, Bolsonaro submergiu.

Ele moderou suas declarações contra adversários e parou de dar corda a apoiadores radicais que o esperam à porta do Palácio da Alvorada. Antes desta rodada do Datafolha, a melhor pontuação do presidente havia sido 33% de ótimo e bom, taxa registrada em duas pesquisas.

Já a rejeição voltou ao patamar dos seis primeiros meses de mandato, em torno de 30%. O empate entre aprovação e rejeição reverte, na fotografia desta pesquisa, a tendência de polarização assimétrica registrada nas anteriores durante a crise política.

O presidente também contraiu a Covid-19, o que não mudou sua propaganda de minimizar a doença. Mas o programa de auxílio emergencial à população mais carente ganhou passo, e o governo amplificou a visibilidade de ações no reduto oposicionista do Nordeste.

O resultado parece visível. Segundo o Datafolha, a rejeição a Bolsonaro caiu de 52% para 35% na região, na qual mantém a pior avaliação: 33% de ótimo e bom, subida de seis pontos em relação a junho.

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