Produtora de Guanambi pede desculpas após ser acusada de plágio e uso indevido de composições

Reprodução

Uma produtora musical sediada em Guanambi pediu desculpas a produtores, músicos e compositores após ser acusada da prática de plágio e uso indevido de jingles políticos. Em nota enviada à Agência Sertão, a empresa atribuiu o que classificou de falha a um problema de uma empresa terceirizada para fazer o marketing da produtora.

Segundo a acusação, a Jingles Brasil, pertencente à empresa PGM Produções, usou de forma indevida o material de outras produtoras para vender músicas de campanha para políticos pela internet, além de plagiar composições.

A produtora cobrava a partir de R$ 193,00 por produção e prometia entregar o material no prazo de 24 a 72h. Tanto o preço quanto o prazo foram considerados impraticáveis pelos denunciantes para a entrega de um material autoral e de qualidade.

A descoberta do uso indevido das composições ocorreu após o músico Marquinho Carvalho, dono da produtora de áudio Bompracaramba, ser informado que suas composições foram vista em um site diferente do da sua produtora, exibidos como portfólio para vender o material da Jingle Brasil.

Um outro site, o Projeta Jingles, pertencente à PGM Produções, também reproduziu conteúdo irregular. Além disso, pelo menos 10 perfis nas redes sociais reproduziam todo o material considerado irregular na tentativa de angariar clientes. Os autores do conteúdo pediram na justiça a remoção dos perfis das redes.

Até uma propaganda da Bompracaramba foi editada com a substituição de sua logo pela logo da empresa denunciada. As produtoras afirmaram que estão entrando com medidas judiciais no âmbito civil e criminal contra a empresa. (veja o vídeo com a denúncia das produtoras)

https://www.youtube.com/watch?v=Wm-aP_O9shg&feature=emb_logo

“A jurisprudência desses casos implica responsabilidade também de quem contrata, tanto do candidato quanto do partido. Eles são responsáveis por expor na plataforma deles uma obra de plágio, que é roubada de outro”, ressalta Moisés Solto, da Sagaz Sound Design, ao fazer uma apelo para que candidatos não contrate a empresa. A Sagaz também teve material usado indevidamente.

Para demonstrar credibilidade, o site exibia um vídeo persuasivo feito pelo apresentador Ciro Botini, conhecido nacionalmente no mercado publicitário. A produção atribuía o material usado indevidamente à produtora guanambiense. Um texto afirmava que o material exposto como modelo era de propriedade da Jingles Brasil, o que foi desmentido pelos verdadeiros autores dos conteúdos.

Após a denúncia repercutir em vários veículos de imprensa do Estado, todo o material do site Jingle Brasil foi retirado do site e o site da Projeta Jingles foi retirado do ar.

Site Projeta Jingles foi removido da internet

Músicos guanambienses procurados pela reportagem se disseram surpresos com as acusações. Alguns afirmaram que chegaram a gravar jingles para a produtora mas que não imaginavam que as composições interpretadas se tratavam de plágio.

A PGM está registrada formalmente no município de Tanque Novo. No entanto, no site institucional, a empresa fornece um endereço no bairro Brasília, em Guanambi.

Veja a nota da produtora.

A “Jingle Brasil” reconhece que a empresa terceirizada, responsável por seu marketing, fez uso de alguns vídeos que estão na internet como portfólio de trabalho. O material, que gera entendimento dúbio quanto a confecção na agência, objetivava apenas ilustrar cases de sucesso do marketing político nacional, dando referência para novas produções.

A Jingle Brasil se retrata e pede desculpas a todos produtores, músicos e compositores pela falha e por qualquer transtorno causado. O referido conteudo contestado já foi retirado de nosso site.

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