Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

(Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) declarou greve em todo o país por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18). A categoria protesta contra os planos de privatização da empresa estatal elaborados pelo Ministério da Economia.

Além disso, os grevistas protestam contra o que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” durante a pandemia de coronavírus e contra a “retirada” de direitos trabalhistas. O anúncio da greve foi feito na noite desta última segunda-feira (17).

Segundo a Fentect, 100 mil trabalhadores dos Correios aderiram à paralisação desde a noite de ontem em locais onde há terceiro turno. A entidade diz que, junto aos sindicatos filiados, tenta desde julho dialogar com a direção dos Correios, mas que foi “surpreendida desde o dia 1º de agosto com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021”.

Segundo o site Aratu On, os grevistas dizem que foram retiradas 70 cláusulas do acordo, entre elas trechos que estabeleciam 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte e auxílio para filhos com necessidades especiais.

O sindicato também diz que houve negligência por parte da direção da estatal durante a pandemia, citando que “sindicatos tiveram que acionar a Justiça para garantir equipamentos de segurança, álcool em gel, testagem e afastamento dos grupos de risco”.

Já os Correios dizem que “não pretendem suprimir direitos dos empregados”. A empresa diz, em nota à imprensa, que “propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados”.

A empresa também nega qualquer negligência. “No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.”

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