Começa neste sábado (19) a primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro. Serão 64 equipes disputando quatro vagas na Série C do ano que vem e o título de campeão. Na Bahia, três equipes estão na disputa – Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira e Vitória da Conquista.
O Bodé, como é conhecido o time do sudoeste baiano, estreia no domingo (20), às 16h, no Estádio Lomanto Júnior, com portões fechados devido à pandemia do coronavírus. A partida será contra o Coruripe, de Alagoas.
Na última terça-feira(15), os jogadores e comissão técnica da equipe fizeram os exames para detecção do coronavírus em um laboratório particular da cidade. Nenhum atleta testou positivo para o vírus. Com isso o técnico Joaquín Monastério terá todo elenco a disposição para a estréia do Brasileirão série D.
Além dos dois times, as equipes do ABC, Central, Freipaulistano, Itabaiana, Jacyobá e Potiguar de Mossoró compõem o grupo 4. Serão 14 rodadas com jogos de ida e volta, os quatro melhores de cada grupo se classificação para a próxima fase.
Os outros dois baianos irão estrear neste sábado. Pelo grupo 6, o Bahia de Feira enfrenta o Tupynambás de Minas Gerais, às 16h, no Estádio Municipal de Juiz de Fora. Pelo mesmo grupo, o Atlético de Alagoinhas vai enfrentar o Gama do Distrito Federal neste sábado, às 20h30, no Estádio Carneirão.
As três equipes baianas vão brigar para repetir os feitos da Juazeirense, em 2017, e do Jacuipense, no ano passado, que conquistaram o acesso à Série C.
De acordo com uma reportagem do site Bahia Notícias, dos três baianos na Série D, o Vitória da Conquista é o que teve menor poder de investimento na montagem do elenco. O clube conquistense vive uma crise financeira nos últimos dois anos e a situação foi agravada pela pandemia do coronavírus.
Durante a paralisação, o presidente Ederlane Amorim chegou a colocar em cheque a participação do Bode na competição nacional. No entanto, a marca construída desde a sua fundação em 2005 foi fundamental na reestruturação para a disputa.
“A marca do clube é uma marca forte, graças a Deus. Temos muitos parceiros espalhados pelo Brasil, empresários, clubes e vieram vários jogadores dessa forma, alguns emprestados, outros através de investidores e foi a maneira que eu encontrei de poder fazer uma equipe que possa ser pelo menos competitiva para a disputa”, afirmou o dirigente ao BN. “Estamos bem otimistas com o elenco que conseguimos formar. Esperamos que a gente possa fazer uma boa participação”, continuou.
Para a Série D, o clube trocou de técnico e trouxe um estrangeiro para dirigir o time, o boliviano Joaquín Monastério. E a aposta não foi feita no escuro.
“Eu já joguei na Bolívia em 2000. Tenho vários amigos lá, tiveram dois treinadores que passaram pelo futebol boliviano e que estiveram aqui comigo que foram o Evandro Guimarães e o Ubirajara Veiga. Então, a gente tem uma linha de contatos, alguns investidores também na Bolívia e um grupo de empresários. Nos foi oferecida essa situação, atestado por esses dois treinadores que já conheciam o trabalho dele lá na Bolívia. Foi tomado todo o tipo de referência possível para que a gente pudesse dar esse passo e, uma vez aprovada, a questão financeira também foi solucionada. Não foi um tiro no escuro ou uma aposta, foi uma coisa que já vinha sendo conversada há um tempo e por outras oportunidades, que infelizmente que não deram certo, nesse momento agora acabou acontecendo”, contou Ederlane.
Elenco:
Goleiros: Netto Rocha, Kauan Gomes e Lucas Gomes
Laterais: Lucas Franco, Rafael Franco e Roni
Zagueiros: Breno Roma, Guilherme Puhl, Rhamon Mexicano, Silvio, Vinicius Bonfati e Vinicius Costa
Meias: Caio Barbosa, Douglas Cruz, Jean Daniel, Jefferson, Kleber, Luiz Henrique, Natan, Ninho Xavier e Rodrigo Oliveira
Atacantes: Abu, Erick Silva, Junior Carioca, Leo, Rafamar, Vagner Viana e Victor Matheus
Time base: Kauan; Marquinho Carioca, Guilherme Puhl, Silvio e Lucas Franco; Ninho Xavier, Rodrigo Oliveira, Natan e Caio Barbosa; Leo e Junior Carioca. Técnico: Joaquín Monastério.