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Termômetros voltam a marcar temperaturas na casa dos 35ºC em Guanambi

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Os últimos dias de inverno vieram com as características mais marcantes do clima de Guanambi, temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar. Na tarde desta sexta-feira (18), enquanto a umidade chegava a 16%, o termômetro da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcava 34,8ºC.

Antes da chegada da primavera às 10h11 do próximo dia 22, a temperatura máxima registrada hoje já é a segunda maior do ano e o dia mais quente na cidade deste 27 de fevereiro, quanto os termômetros marcaram 35,2ºC.

Depois das temperaturas mais baixas do ano serem registradas no final de julho e novas ondas de frio serem registradas em boa parte do país no final de agosto, o mês de setembro começou com a elevação das temperaturas.

Nos últimos dias, as máximas vinham atingindo a casa dos 32ºC na cidade, no entanto, as mínimas ainda continuam próximas de 20ºC, ficando ainda um friozinho nas primeiras horas do dia, que deve permanecer ainda pelas próximas semanas.

Entretanto, as tardes tendem a ficam ainda mais quentes nos próximos dias e o calor deve se intensificar durante o mês de outubro, com temperaturas podendo superar os 38ºC já nos primeiros dias do mês.

Já para os meses de novembro e meados de dezembro, os modelos meteorológicos apontam no momento que as temperaturas serão mais amenas. O verão do no início deste ano teve temperaturas médias menores do que as registradas em 2019. As médias previstas para esta primavera também são menores do que da primavera do ano passado, quando a maior temperatura medida em Guanambi foi de 39,5ºC, registrado no dia 21 de outubro, uma das mais altas já registradas pelo Inmet desde 2018.

Chuvas

As previsões dos institutos de meteorologia apontam para possibilidade do início do período chuvoso na região de Guanambi em meados de outubro, antes disso podem ocorrer apenas pancadas isoladas ou chuvas rápidas em algumas localidades.

A tendência é de uma maior regularidade na distribuição das chuvas até o fim da primavera, ao contrário do ano passado, onde os volumes ficaram bem abaixo da média história. Somente no início deste ano choveu de forma mais intensa na região, com acumulados bem acima da média.

Neste sábado (19), Guanambi chegou ao 158º dia de estiagem agrícola, período sem chuvas significativas de pelo menos 10 mm.

Na semana passada, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos anunciou oficialmente as condições de La Niña para 2020. Segundo o NOAA, a condição de La Niña deve permanecer até o Verão no hemisfério sul. Historicamente,  o fenômeno traz menos chuva na primavera, verão e outono no Sul do Brasil e um aumento das precipitações na Região Nordeste.

Ainda de acordo com a publicação do NOAA, o pico do La Niña deve acontecer entre os meses de novembro e janeiro.

Última temporada chuvosa

Cheia do riacho Belém em Guanambi no mês de Janeiro – Rômulo Gonçalves – Take Produções

As chuvas que caíram entre o final de 2019 e início de 2020 na região de Guanambi foram as mais volumosas desde 2006. No centro da cidade, o pluviômetro da Agência Sertão registrou acumulado de 802 mm, 200 mm a mais do que o registrado pelo mesmo pluviômetro no período anterior. Em algumas regiões mais altas, próximas à Serra Geral, como nas regiões dos distritos de Guirapá (Pindaí) e Morrinhos (Guanambi), alguns moradores registraram acumulados de até 1.100 mm.

Toda essa chuva contribuiu para amenizar a seca característica da região. Embora ainda falte pelo menos dois meses para as próximas chuvas, a paisagem vista agora é bem diferente do que se via há um ano. Ainda há bastante água retida nas lagoas, barragens e represas, e ainda corre por alguns rios e córregos nas regiões de maior altitude, o que é bastante raro nesta região semiárida.

Reservatórios

Lago da Barragem de Ceraíma – Guanambi (BA) / Foto: Tiago Marques | Agência Sertão

Os principais reservatórios de água de Guanambi perderam pouco volume após 148 dias de estiagem. O lago da barragem do Poço do Magro atingiu seu maior volume no final de abril, 69%. Passados três meses, o volume ainda está em cerca de 52,5%, segundo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

Já a barragem de Ceraíma chegou a 100% de sua capacidade ao final do período chuvosos. Mesmo com o uso múltiplo da água, incluindo abastecimento do Perímetro Irrigado e entorno, além da complementação do sistema de abastecimento humano, o reservatórios ainda possui 87,5% de sua capacidade.

Os dois reservatórios do município de Urandi, Estreio e Cova da Mandioca, estão em situações diferente dos reservatórios de Guanambi. O primeiro chegou a ter 44% de seu volume útil no fim de abril e agora está com 26%, enquanto o segundo atingiu 21% e agora está com apenas 10%.

Rio São Francisco

Rio São Francisco em Carinhanha (BA) – Foto: Tiago Marques | Agência Sertão

Os três grandes reservatórios do rio São Francisco estão com volumes bastante significativos. Três Marias, em Minas Gerais, armazena 71,42% de sua capacidade, enquanto Sobradinho e Itaparica, ambos na Bahia, têm 70,58% e 74,42% respectivamente.

O bom volume nas hidroelétricas garante a defluência regulada em todo o curso do Velho Chico, deixando no passado as imagens do rio bastante seco registradas nos anos anteriores.

Veja: Após seca mais severa da história, rio São Francisco tem maior cheia em oito ano

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