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Fruticultura baiana compensou queda de grãos, diz IBGE

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A produção agrícola da Bahia caiu em 2019 na comparação com 2018. A queda, no entanto, não afetou a posição no ranking nacional. É que, entre todos os produtos cultivados no estado, as frutas apresentaram crescimento de 12,8%, o que manteve a Bahia no 7º lugar do país. Todas as informações são da pesquisa Produção Agrícola Municipal, divulgada ontem pelo IBGE.

Segundo os dados, a Bahia chegou a assumir a liderança nacional no crescimento da produção de algumas frutas. A fruticultura gerou para o estado, no ano passado, R$ 3,074 bilhões, o que representou 8,6% do valor da produção nacional (R$ 35,708 bilhões) e o segundo maior montante entre os estados, abaixo só de São Paulo (R$ 11,492 bilhões). Analisando cada um dos 21 alimentos que compõem o grupo das frutas, a manga é a que mais alavancou os números.

O superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Eduardo Rodrigues, explica que a queda ocorreu pela safra “extraordinária” registrada anteriormente. “2019 foi um ano de safra normal, considerada boa. Houve a queda na produção de grãos na região Oeste, a exemplo da soja e do milho, porque a safra anterior 17/18 foi uma safra extraordinária, a maior da história”, aponta o superintendente.

O aumento na fruticultura era esperado, indica Rodrigues, ocorrendo devido à maior produtividade, resultado do aporte tecnológico empregado na produção e no processamento das frutas, combinado com a expansão da área plantada. “Vale destacar também o aumento das exportações”, pontua.

Segundo os dados, a Bahia chegou a assumir a liderança nacional no crescimento da produção de algumas frutas. A fruticultura gerou para o estado, no ano passado, R$ 3,074 bilhões, o que representou 8,6% do valor da produção nacional (R$ 35,708 bilhões) e o segundo maior montante entre os estados, abaixo só de São Paulo (R$ 11,492 bilhões). Analisando cada um dos 21 alimentos que compõem o grupo das frutas, a manga é a que mais alavancou os números.

O superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Eduardo Rodrigues, explicou ao site Correio, que a queda ocorreu pela safra “extraordinária” registrada anteriormente. “2019 foi um ano de safra normal, considerada boa. Houve a queda na produção de grãos na região Oeste, a exemplo da soja e do milho, porque a safra anterior 17/18 foi uma safra extraordinária, a maior da história”, aponta o superintendente.

O aumento na fruticultura era esperado, indica Rodrigues, ocorrendo devido à maior produtividade, resultado do aporte tecnológico empregado na produção e no processamento das frutas, combinado com a expansão da área plantada. “Vale destacar também o aumento das exportações”, pontua.

O produtor e consultor aponta que a proximidade do Rio São Francisco é o que permite que o município de Juazeiro – e todo o vale do Velho Chico –  seja o maior produtor de manga do estado. “Temos o acesso facilitado a água e um clima mais estável, o que favorece a produção. Além disso, temos investido em tecnologia, o que permite um melhor manejo da planta”.

A safra baiana de manga foi de 442.233 toneladas em 2019, crescimento de 16,9% em relação a 2018; e gerou um valor de R$ 652,4 milhões, 54,4% maior. Com abundância de água e clima e solo favoráveis, Juazeiro consegue ter dois ciclos produtivos por ano, o que não ocorre em outras regiões do país. Resultado: garantiu o posto de segundo município brasileiro com maior produção de frutas.

“A Bahia tem uma potencialidade enorme na fruticultura. Há anos estamos liderando rankings nacionais, aumentando as exportações e nos aprimorando. Juazeiro hoje conta com um Centro de Excelência em Fruticultura do Senar, que é referência nacional em formação de mão de obra qualificada para atender a todo o Brasil. Um investimento altíssimo que sabemos que é fundamental para que esses resultados melhorem ainda mais”, diz o presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda.

No Vale do São Francisco, a área plantada e a produtividade do cultivo crescem de forma progressiva, aponta Martins. “A cada ano, a área de produção aumenta na faixa de 5% com o crescimento na área de produtores e o ingresso de iniciantes no cultivo. A produtividade por hectare também cresce à medida que se avança em conhecimentos técnicos e tecnologia aplicada ao plantio. Há a redução dos erros e uma melhor resposta da planta”, explica.

A manga atrai, já que tem um preço de venda alto e um custo de produção mais baixo do que a uva, que também ocorre na região.

Segundo o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri, o clima e a tecnologia existente no estado para fazer o manejo da floração da mangueira permitem que a exportação ocorra durante todo o período em que há uma menor concentração na oferta de manga no mercado internacional. “Para obter uma melhor cotação de preço, os exportadores brasileiros concentram suas exportações no mercado norte-americano entre os meses de agosto até meados de novembro e no mercado europeu de meados de novembro até o final de dezembro”, destrincha Rodrigues.

Queda geral

Apesar do otimismo em relação às frutas, no quadro geral a agricultura baiana sofreu leve queda. A redução foi de 1,7% se comparados os anos de 2018 e 2019. No total, a Bahia representa 5,4% do que é gerado pela agricultura no país.

Segundo a pesquisa, a queda foi provocada pela diminuição na produção de soja no estado. Em 2019, o valor da produção baiana de grãos foi de R$ 11,276 bilhões, 7,8% menor que o de 2018 (R$ 12,233 bilhões).

A produção de soja teve as maiores quedas absolutas na Bahia. O volume colhido recuou 15,8% entre 2018 (6,310 milhões de toneladas) e 2019 (5,313 milhões de toneladas), o que representou menos 997,2 mil toneladas em um ano. Já o valor de produção recuou 16,8%, passando de R$ 7,102 bilhões para R$ 5,907 bilhões, de um ano para o outro (menos R$ 1,2 bilhão).

Foi por conta da redução na produção de soja que São Desidério perdeu o posto que ocupava no ano anterior. Deixou de ser o município brasileiro com maior valor de produção da agricultura e caiu para o terceiro lugar geral, atrás de Sorriso e Sapezal (ambos em Mato Grosso). Entre as produções em menor escala, caíram os números não só da soja, mas também do milho.

A produção de soja em São Desidério se reduziu em 19,0%, totalizando 1,3 milhão de toneladas em 2019, com um valor da produção de R$ 1,4 bilhão, 20,9% menor que o de 2018.  O milho também teve uma produção significativamente menor em 2019, chegando a 338,5 mil toneladas (-39,3% que em 2018), com um valor de R$ 170,2 milhões, 39,6% abaixo do gerado em 2018.

Olhando o país como um todo, a Bahia tem seis municípios presentes no ranking dos 50 maiores produtores do país. Todos caíram posições na comparação de 2019 com 2018. Além de São Desidério, que caiu do 1º para o 3º lugar, constam Formosa do Rio Preto (de 5º para 11º), Barreiras (de 17º para 19º), Luís Eduardo Magalhães (de 24º para 28º), Correntina (de 18º para 31º) e Riachão das Neves (de 35º para 49º). Todos ficam no Oeste do estado.

Apesar da queda, a soja ainda tem a maior produção e gera o maior valor da agricultura baiana. O estado é o quinto produtor nacional do grão, respondendo, em 2019, por 4,7% das 114,3 milhões de toneladas colhidas em todo o Brasil. E a expectativa para 2020 é de alta: segundo estimativa do IBGE, a safra baiana de grãos neste ano será a maior já registrada.

Batata-inglesa em Mucugê

A Bahia é o quinto maior produtor de batata-inglesa do país tendo colhido, no ano passado, 300.257 toneladas. O volume foi um pouco menor do que em 2018, mas o valor de produção cresceu 46,6%, chegando a R$ 610 milhões em 2019 – também o quinto maior do país.

A taxa de crescimento representou mais R$ 193,2 milhões gerados em um ano, o terceiro maior aumento absoluto no valor entre os produtos cultivados na Bahia, abaixo apenas dos verificados para a manga e o algodão.

Segundo o site o Correio, a região da Chapada Diamantina reúne os maiores produtores de batata-inglesa da Bahia, com destaques nacionais para Mucugê e Ibicoara, o segundo e o sétimo produtores do produto no Brasil, respectivamente.

Em Mucugê, foi produzida uma safra de 197.400 toneladas, que geraram R$ 384,9 milhões em 2019. Além de maior produtor de batata-inglesa na Bahia, o município tem o maior valor de produção no Brasil.

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