A primavera tem sido atípica em Guanambi, além dos acumulados de chuva bem acima do registrado em anos anteriores, as temperaturas estão ficando bem abaixo das médias históricas. Na madrugada e manhã deste sábado, os termômetros marcaram 20ºC e a sensação térmica chegou a 16ºC.
Geralmente, as maiores temperaturas do ano na cidade são alcançadas nesta estação, que começou com uma onda de calor e o registro da segunda maior temperatura em doze anos de medição pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No entanto, nos últimos 15 dias, além de chuvas expressivas, as madrugadas têm sido de ventos frios e constantes.
As rajadas foram constantes durante a última madrugada, chegando à velocidade 43 Km/h por volta de 6h. No decorrer da manhã, o sol apareceu e a temperatura subiu um pouco, no entanto, os ventos ficaram mais fortes, chegando a 54 Km/h por volta das 10h.
São os ventos alísios de Sudeste que sopram e refrescam e deixa o clima tipicamente quente mais fresco. Tanto as condições de chuva, quanto os ventos frios têm sido influenciados pela intensificação do fenômeno La Ninã, diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, causando mudanças nos padrões climáticos ao redor do mundo.
A média das temperaturas registradas em novembro até agora é de 24,7ºC. Em novembro de 2019, a média de todos os registros de temperatura foi de 29,2ºC, diferença bastante considerável.
A previsão aponta que as temperaturas continuarão amenas, com tendência de ligeiro aumento até o fim da primeira semana de dezembro, quando as condições apontam para possibilidade de formação de novas chuvas, o que deve fazer os termômetros caírem novamente.
Para o verão que se iniciará no dia 21 de dezembro, as previsões apontam que não deve fazer muito calor, com exceção de alguns dias, quando as temperaturas poderão subir para os níveis considerados normais para a região. As condições de chuva estarão previstas até meados de dezembro, entretanto, os volumes esperados não são tão expressivos quanto os registrados em outubro e novembro.
A estiagem agrícola no município chegou ao fim em 11 de outubro, após 179 dias sem chuvas volumosas e uma onda de calor. A primeira chuva já chegou em forma de temporal, com raios, trovões e até granizo, fenômeno não muito frequente na região. No final do mês voltou a chover e em novembro as precipitações foram intensificadas, fazendo o acumulado da estação chegar a 286 mm.
A chuva que caiu nos últimos meses corresponde a quase três vezes toda a precipitação registrada entre outubro e dezembro de 2020, quando foram registrados apenas 103 mm.