O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), órgão ligado à Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), confirmou 30 casos da Doença de Haff somente no mês de novembro em todo o Estado. Em 2020, a Bahia acumula 36 casos da doença.
Um deste casos foi registrado em um paciente do município de Candiba, na Região de Guanambi. No entanto, a pasta não informou onde nem quando o paciente adquiriu a doença causada pela ingestão de peixe, principalmente a espécie chamada de “olho de boi”, presente na alimentação de 80% dos acometidos pela enfermidade.
De acordo com o órgão, o início das notificações ocorreu em agosto, quando surgiram 3 casos com sintomas compatíveis com a doença. Em novembro, o Cievs emitiu um alerta epidemiológico com recomendações de condutas e orientações para as equipes de saúde da rede pública e privada, para que os profissionais da saúde possam identificar a ocorrência de novos casos e investigar.
Além do caso de Candiba, os demais registros ocorreram em Salvador (12) e Camaçari (11), Entre Rios (3), Dias D’Ávila (2) e Feira de Santana (1). Entre os infectados, 53% são do sexo masculino e 47% do feminino. Na faixa etária, as pessoas que mais se infectaram estão entre 50 a 59 anos, 20 a 29 anos e 40 a 49 anos.
Dos infectados, 30 apresentaram sintomas típicos da doença, entre eles, CPK elevado (uma enzima que atua principalmente nos tecidos musculares, no cérebro e no coração, sendo solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos). Outros sintomas foram: dor muscular, urina escura (cor de café) e dor em membros superiores e inferiores.
O que é a Doença de Haff?
A doença de Haff é uma síndrome que consiste de rabdomiólise (lesão muscular com liberação) sem explicação e se caracteriza por ocorrência rápida de extrema rigidez muscular. Pode surgir dor muscular, dor no tórax, falta de ar, dormência, perda de força em todo corpo e urina com cor de café. Além da elevação da enzima CPK e é muito comum após inferir crustáceos e principalmente alguns peixes