Com crescimento de 62% na produção mineral comercializada em relação a 2019, a Bahia liderou a produção de 11 tipos minerais diferentes em 2020, dos quais três são exclusivos do estado. Os números são de levantamento feito pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) na base de dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Em 2020, a Bahia foi a única produtora nacional de cromita, vanádio e urânio. Os primeiros materiais são matéria-prima em ligas de ferro e aço que depois serão usadas pela indústria. Já o urânio é enriquecido e utilizado nas usinas nucleares brasileiras. Na lista dos minerais que a Bahia produziu mais que os outros estados estão: granulito (brita), talco, magnesita, diamante, mármore, quartzo e salgema.
Somados, estes 11 minerais geraram uma arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) superior a R$ 22 milhões, dos quais 60% são destinados ao município onde ocorreu a extração, 20% ao Estado e o restante ao Governo Federal.
Para o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, os números indicam o potencial que a mineração tem para gerar desenvolvimento e renda nos municípios do interior do estado. “Dos 417 municípios do nosso estado, 176 devem receber recursos da CFEM referentes a 2020. Este dinheiro pode ser investido em escolas, saúde, urbanização. Além disso as mineradoras pagam salário, compram de fornecedores locais, o que dinamiza ainda mais a economia”, diz Tramm.
A Bahia figura ainda na lista de cinco maiores como segunda em níquel, terceira em cobre e fosfato, quarta em ouro e ferro e quinta em água mineral e gnaisse.
O estudo feito pela CBPM levou em conta todos os minerais que geraram arrecadação de CFEM superior a R$ 1 milhão em todo o país no ano de 2020.