Quatro unidades escolares da rede estadual tiveram seus projetos selecionados para a etapa final da 10ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), ainda sem data para acontecer. São elas: Colégio Polivalente de Vitória da Conquista; Colégio Estadual Carlos Souto, em Rio de Contas; Colégio Estadual Helena Assis Suzart, em Feira de Santana; e Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Vitória da Conquista. Promovida pela Fiocruz, o evento é voltado para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de todo o país, com o objetivo de estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares e fortalecer neles o desejo de realizar trabalhos de iniciação científica que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde.
Com o projeto de audiovisual “Incêndios florestais no município de Rio de Contas”, o estudante Antônio Luiz, 18, 3º ano do Colégio Estadual Carlos Souto, fala sobre a experiência. “Léia, minha professora de Biologia, sempre trouxe para a sala de aula a importância de combater os incêndios na nossa cidade, criando projetos e atividades, a exemplo da ‘Gincana das plantas’, que tinha o objetivo de propagar a educação ambiental e para o qual o vídeo foi produzido. Queríamos mostrar não só as belezas da nossa cidade, mas também contribuir para a sua preservação, uma vez que Rio de Contas possui nascentes importantes e espécies endêmicas. Participar deste projeto foi divertido e gratificante, porque descobrimos coisas que não sabíamos sobre onde moramos e ajudamos no combate aos incêndios”.
Dilcileia Anjos Santos, Léia para seus alunos, afirma que, como professora de Biologia e brigadista, a temática dos incêndios florestais no ambiente escolar é uma prática pedagógica constante. “Meu objetivo é foi incentivá-los no desenvolvimento de ações que sensibilizassem a população para a conservação e preservação ambiental, bem como alertá-los de que os incêndios podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente e refletir negativamente na própria condição de vida e saúde do homem. Esta foi a primeira vez que a nossa escola participou da OBSMA e ter sido o destaque da Região Nordeste II é gratificante”.
O Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Vitória da Conquista também representou a rede pública estadual na olimpíada nacional com o projeto de produção de texto “Roteiro de História em Quadrinhos Oxy: a garota ácido úrico”. Orientada pela professora Karine Brandão Nunes Brasil, a estudante Andra Barbosa, 20, do curso técnico de Enfermagem no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Saúde Adélia Teixeira, explica que o projeto teve como objetivo identificar o conhecimento das pessoas acerca de doenças e mutações genéticas e seu interesse em temas científicos, por meio da ludicidade com histórias em quadrinhos nas áreas de Genética e Biotecnologia, visando a divulgação científica das síndromes de Trimedilaminuaria e Lesch-nyhan. “Ter sido selecionada com um projeto que me ajudou a aprimorar várias habilidades que estavam adormecidas em mim, como a escrita e a veia científica, é uma experiência maravilhosa”.
Incentivar seus alunos a participarem da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, pelo que representa, por ser promovida por um dos maiores centros de pesquisa do país e por dar oportunidade da Educação Básica fazer contato com a Ciência, conta Karine, sempre foi uma prática sua como professora de Ciências Naturais do CJCC. “Meus alunos sonham em ser cientistas. É muito prazeroso para mim participar dessa olimpíada. Foi um trabalho desafiador, diante das dificuldades que a pandemia impôs. Como ela é uma estudante muito dedicada e de uma inteligência incrível, conseguiu fazer o projeto com todas as limitações tecnológicas dela. Estou muito feliz por esta conquista”.
Também foram selecionados para a final da OBSMA os projetos “A Geografia na fotografia e na poesia”, do Colégio Polivalente de Vitória da Conquista, e o #partiuE-lixo, Colégio Estadual Helena Assis Suzart, em Feira de Santana.
Via Ascom SEC