Estudantes de três unidades escolares da rede estadual de ensino foram premiadas com os seus respectivos projetos de iniciação científica, na 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que teve a sua mostra realizada em formato virtual, entre os dias 15 e 27 de março, por conta da pandemia da Covid-19.
A feira é considerada uma das mais importantes do país e, este ano, teve 345 projetos finalistas, desenvolvidos por 716 estudantes de 295 escolas dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico de todo o país. Os projetos das estudantes premiadas foram desenvolvidos no âmbito do programa Ciência na Escola, promovido pela Secretaria da Educação do Estado, com o objetivo de estimular a iniciação científica na Educação Básica e a participação das Mulheres e das meninas nas Ciências.
A estudante Renata Gondim Valença, 18, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Vitória da Conquista, recebeu o Prêmio Science Champion, dado pela U.S. Agency for International Development (USAID), com o projeto “Aplicativo conexão cidade: informando e conectando pessoas aos espaços públicos da cidade”, orientado pela professora Elmara de Souza. “Foi uma grande surpresa este prêmio, pois não imaginei que poderíamos ganhar algo assim. Gritamos de tanta felicidade! Foi um reconhecimento não só para o nosso projeto, que é voltado para a comunidade, mas também para o Centro Juvenil e a educação pública”, comemorou Renata.
Com o projeto “Ração de baixo custo para cães abandonados em Casa Nova”, as estudantes Emily Thâmara Conceição e Íris Aparecida Silva e Rafaela Souza, do Colégio Estadual de Casa Nova, localizado em Casa Nova, receberam o Prêmio Revista InCiência. A pesquisa surgiu a partir da observação da crescente quantidade de cães circulando livremente nas ruas de Casa Nova e foi orientada pela professora Andréa Passos Araújo. “Participar da Febrace foi uma conquista muito grande para toda a equipe. Aprendi muito, pois foi uma troca de conhecimento para o nosso currículo acadêmico. Além disso, este prêmio é importante pelo fato de ter trazido visibilidade para a escola e a cidade”, disse Emily.
O outro projeto premiado foi “Confecção de yoté, mancala e fanorona e suas relações étnico-raciais, nos ensinos de Matemática e Logística Reversa”, desenvolvido pela estudante Iana Lara Nery e orientado pelas professoras Ismirna Israelle dos Santos e Isla Jemima dos Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Controle e Gestão do Nordeste Baiano Pedro Ribeiro Pessoa, localizado em Catu. Elas receberam o Prêmio Marília Chaves Peixoto, do PoliGen (Grupo de Estudos de Gênero da Poli – USP).
A professora Rita de Cassia Malheiros Neto recebeu um certificado digital por ter sido selecionada como finalista do Prêmio Professor Destaque, juntamente com mais nove educadores. Ela orientou o projeto “Maniaçu: história, cultura e tradição de um povo”, desenvolvido pelas estudantes Janaina Trindade, Joice Vitória Brito, Gislane Oliveira e Gisele Flávia Santos, do Colégio Estadual do Campo Pedro Atanásio Garcia, situado no distrito de Maniaçu, em Caetité. “Foi uma experiência muito significativa para minha prática pedagógica, uma vez que compartilhar minha experiência educacional, bem como aprender com os outros professores finalistas de vários estados do Brasil, é muito relevante. Vivências, experiências positivas e trocas são de suma importância para nós, professores”, salientou.
Sobre a Febrace
A feira é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, realizada pela Universidade de São Paulo (USP), por meio de uma grande mostra de projetos. Dentre os objetivos da Febrace destacam-se: estimular novas vocações em Ciências e Engenharia, através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores, e aproximar as escolas públicas e privadas das universidades, criando oportunidades de interação espontânea entre estudantes e professores das escolas com a comunidade universitária para uma melhor compreensão dos papéis das universidades nos setores de ensino, pesquisa, cultura e extensão.
Via Ascom / Secretaria da Educação