Índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto atinge 65% em Guanambi

Estação de Tratamento de Esgoto de Guanambi - Divulgação | Embasa

De 2011 a 2021,  o índice de atendimento do sistema de esgotamento sanitário (SES) da sede municipal de Guanambi mais que dobrou, saindo de 31% para 65% neste período. Segundo a Embasa, em dez anos de operação do sistema, foi investido R$1 milhão anualmente para garantir qualidade na prestação do serviço e em obras de adensamento para implantar mais redes coletoras em áreas da cidade.

Ainda segundo a empresa, até o final de 2021 será investido mais R$ 1 milhão na aquisição de novos equipamentos utilizados na manutenção de rede coletora e serviços específicos de limpeza de tubulações do SES de Guanambi. Os investimentos colocaram Guanambi acima da média nacional do índice de cobertura em esgotamento sanitário, que é de 43% segundo o projeto de monitoramento das Bacias Hidrográficas “Atlas Esgotos” desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA) com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

De acordo com o gerente regional da Embasa, Manuel Mateus, a Embasa continua investindo em Guanambi e o percentual de cobertura tende a crescer “com a implantação de novas redes coletoras, possibilitando que novos bairros e mais imóveis sejam atendidos pelo serviço de tratamento de esgoto”, comenta ao lembrar que os investimentos ocorreram mesmo durante os anos em que a cobrança da tarifa esteve suspensa.

São aproximadamente 300 quilômetros de redes compondo o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Guanambi, além de 12 estações de bombeamento e uma estação de tratamento (ETE) com capacidade para tratar em torno de 12 mil litros de esgoto por dia e 141 litros por segundo. Atualmente, o sistema trata 5.956 metros cúbicos por dia, o que significa 69 litros por segundo.

O tratamento e a coleta de esgoto em Guanambi era um sonho antigo da população. Hoje, o assunto gera queixas por conta da taxa de 80% sobre o valor consumido de água para o pagamento do serviço. Por outro lado, a empresa alega que há benefícios comprovados nos índices de saúde nesta década de funcionamento.

Um  estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, em 2019, apontou que a implantação do tratamento de esgoto pode ter contribuído para reduzir o número de notificações e internações hospitalares relacionadas aos casos de diarreia aguda em Guanambi.

Conforme a pesquisa, em 2006, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) em Guanambi era 19.8 e, em 2017, com o SES em pleno funcionamento, esse índice caiu para 8.4. A conclusão da pesquisa de mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, desenvolvida pelo médico Ruy Fernandes de Azevedo, apontou que a implantação deste serviço impactou positivamente na redução da mortalidade infantil e sinalizou que o investimento em saneamento básico é fator importante para a redução da mortalidade infantil e na melhora desse indicador de saúde das populações.

Plano Municipal de Saneamento Básico

Na próxima quarta-feira (2), será realizado um evento para marcar o lançamento público do início dos trabalho de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS).

A iniciativa é da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), que está apoiando Guanambi e mais 18 municípios baianos no processo de elaboração dos planos.

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