O governo deve prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses, segundo fontes que acompanham as negociações para estender o benefício. O número de parcelas extras, no entanto, pode chegar a três, dependendo da evolução da pandemia de Covid-19.
A prorrogação do auxílio faz parte do plano do Executivo para evitar que a população mais vulnerável fique descoberta enquanto a reformulação do Bolsa Família não sai do papel.
Parte da prorrogação será bancada com cerca de R$ 7 bilhões que sobraram do limite de R$ 44 bilhões autorizado pelo Congresso para pagar a rodada do benefício neste ano. Esse valor seria suficiente para mais uma parcela.
O restante será financiado com a edição de uma medida provisória (MP) de crédito extraordinário, fora do teto de gastos, de R$ 12 bilhões. Com isso, as duas parcelas extras custarão R$ 19 bilhões.
Essa ampliação será bancada pela economia de recursos no Orçamento do Bolsa Família para este ano, já que a maioria dos beneficiários migraram para o auxílio emergencial.
Dos R$ 34,8 bilhões reservados para o Bolsa Família neste ano, o governo gastou até agora R$ 10,4 bilhões.
Esse passo ocorreria antes de uma reformulação completa do programa, que começaria a ser discutida neste ano, mas só entraria em vigor em 2022.