O governador Rui Costa (PT) afirmou nesta segunda-feira (5) que, até o dia 10 de julho, poderá autorizar a retomada de aulas semipresenciais na Bahia. Ele disse, no entanto, que um eventual retorno do calendário letivo só ocorrerá se não houver um novo repique de contaminações por Covid-19 em decorrência dos festejos de São João.
“Duas semanas atrás eu anunciei que nós queremos voltar as aulas. Nós tomamos uma decisão de aguardar um pouco, até o dia 10 de julho, pra saber se vai haver ou não algum efeito das festas juninas. Se vai ter algum crescimento de casos em função das festas juninas. Por quê? Porque, se a gente retomasse e houvesse algum efeito das festas juninas, muitos iriam dizer ‘o que provocou a contaminação foi a volta às aulas’, e nós iríamos contaminar a volta à sulas com um possível repique do São João”, declarou o governador em uma agenda na cidade de Brumado.
Segundo o governador, atualmente, a taxa de ocupação nas UTIs da rede pública se mantém índice estável de 70% em praticamente todo o estado –apenas duas regiões têm taxa superior a 80%.
“De forma prudente, cautelar, nós resolvermos aguardar dez dias para saber se vai ter ou anão algum efeito de crescimento fruto do São João. Estamos com 12 mil casos ativos. Em março, março chegamos a 22 mil casos ativos. Mas não alcançamos ainda o número de fevereiro deste ano, quando tínhamos apenas 8 mil casos. Então vamos monitorar até o dia 10 e, se não houver crescimento de casos nem taxa de ocupação, a vamos anunciar o retorno às aulas”, disse Rui Costa.
Em 2020, número de casos da doença mais do que triplicou após as festas juninas, segundo dados da Sesab (Secretaraia Estadual de Saúde). No dia 6 de junho daquel ano, 15 dias antes do feriado de São Joaão, a Bahia registrava 30.481 infectados pelo novo coronavírus. Um mês depois, os números saltaram para impressionantes 98.319.
Diretor da APLB afirma que aulas presenciais só com imunização total
De acordo com Oliveira, uma pesquisa interna realizada pela própria APLB consultou 13 mil profissionais em todo o território baiano. Destes, 97% decidiram que só retornarão as aulas presenciais após concluírem o calendário vacinal com a aplicação da segunda dose. A imunização dos profissionais da educação foi iniciada no mês de abril. O sindicato não sabe precisar a margem de trabalhadores que já receberam a primeira dose no estado. Os municípios adotaram estratégicas individuais para cumprir a determinação de vacinação.
Vale lembrar que em maio deste ano, os trabalhadores da rede estadual de ensino chegaram a aprovar a adoção do estado de greve pela continuidade das aulas remotas e pelo retorno das atividade presenciais somente após a imunização completa, com aplicação das 1ª e 2ª doses da vacina. (reveja).
Barreiras já autorizou o retorno gradual
Por meio de um decreto publicado na última quarta-feira (30), a Prefeitura de Barreiras autorizou o retorno gradual das aulas da educação infantil e do ensino fundamental na rede pública municipal e particular. Entre outras razões para a tomada da decisão, o poder público municipal considerou o avanço da vacinação e o atual cenário epidemiológico que aponta redução da curva de evolução da doença no município.
De acordo com o decreto, as instituições de ensino devem apresentar o Plano Escolar de Retomadas das Aulas Presenciais, nos termos do Plano de Segurança Sanitária Escolar, devidamente homologados pela Coordenação de Vigilância Sanitária Municipal.