Sesab nega aplicação de vacinas com validade vencida

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A Secretaria da Saúde do Estado esclarece que não houve aplicação de doses de vacina contra Covid-19 com data de validade vencida em Salvador e outros municípios, a exemplo de Juazeiro, como está sendo erroneamente divulgado.

Conforme explica a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), Rívia Barros, os imunizantes foram aplicados no prazo de validade, mas a notificação, ou seja, o registro no sistema do Ministério da Saúde ocorreu depois da data de vencimento da vacina.

A Sesab acrescenta que pode também ter acontecido um erro de digitação no sistema do Ministério da Saúde.

A nota da Sesab surge após uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, divulgada na última sexta-feira (2), afirmar que o Ministério da Saúde aplicou cerca 26 mil vacinas vencidas da AstraZeneca, em diversos postos de saúde do Brasil.

De acordo com a reportagem, até o dia 19 de junho, as vacinas com datas de validade vencidas haviam sido utilizadas em 1.532 municípios brasileiros, segundo os dados que constam dos registros oficiais do Ministério da Saúde. A aplicação das vacinas vencidas comprometem a proteção contra a covid-19.

A reportagem de Estêvão Gamba e Sabine Righetti aponta que a cidade de Maringá (PR) foi campeã no uso de vacinas vencidas, 3.536 aplicações. O município é reduto eleitoral do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro e apontado como pivô do esquema de corrupção na compra de vacinas.

O levantamento mostra ainda que as capitais, Belém (2.673), São Paulo (996) e Salvador (824) lideram a aplicação de vacinas vencidas. Nilópolis-RJ aplicou 852 imunizantes fora do prazo. As demais cidades aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo que a maioria não passou de dez doses.

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