Um incêndio iniciado no dia 27 de junho no lixão de Guanambi, segue com focos há nove dias. Agentes do 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar (1º SGBM) e da Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran) informaram que havia controlado parcialmente as chamas, no entanto, moradores das proximidades vêm registrando uma imensa nuvem de fumaça.
De acordo com a Smtran, o fogo teve início no lixão e acabou passando para uma propriedade Rural onde queimou mais de 20 hectares de vegetação e cercas. A equipe ainda passou algumas horas fazendo o monitoramento, caso o fogo tomasse outro sentindo e colocasse em risco a vida de pessoas e animais.
No dia seguinte, moradores enviaram fotos para reportagem da Agência Sertão, informando que os focos de incêndio seguiam ativos. Nesta terça-feira (6), a reportagem recebeu novas fotos e informações que as chamas estão ininterruptas, desde o dia 27 de junho.
Perguntada pela reportagem, a Assessoria de Comunicação (Ascom) da Prefeitura de Guanambi pontuou que o Corpo de Bombeiros e a Smtran sempre que possível retornam ao local e fazem o trabalho de rescaldo (revirar os resíduos para identificar novos focos). Contudo, os moradores das proximidades destacaram que não estão identificando a presença dos bombeiros e da Smtran há alguns dias.
Além disso, a Ascom reforçou que devido a presença do gás metano esse tipo de incêndio se torna mais complexo para ser controlado.
Assim como em março deste ano, quando ocorreu outro incêndio no local, a reportagem da Agência Sertão recebeu denuncias de catadores de recicláveis circulando na área reservada para o lixão.
A restrição de locomoção de pessoas já é um problema antigo, questionado em outras gestões municipais. Por ser um local público, se torna difícil coibir o acesso e os incêndios, na maioria das vezes, é iniciado por pessoas.
Em janeiro de 2020, atendendo a um Termo de Ajustamento de Conduta (Tac) firmado com o Ministério Público (MP-BA), a Prefeitura de Guanambi passou a controlar a entrada e saída de pessoas do Lixão no município. À época, a gestão municipal utilizou uma placa com a proibição, no entanto, a ação não permaneceu por muito tempo, e os catadores voltaram a ter acesso livre ao local.