A Polícia Rodoviária Federal (PRF) segue combatendo os crimes relacionados a adulteração, a clonagem, a receptação, o roubo e demais ilícitos de fraudes veiculares. E mais uma ação conjunta entre a corporação e a Polícia Militar da Bahia foi desencadeada nessa sexta-feira (09), em Maracás, distante 360 quilômetros de Salvador.
Sob a coordenação do Grupo de Policiamento Tático (GPT) de Jequié, a operação contou com policiais rodoviários federais lotados na Del 03.BA e policiais militares da 93ª CIPM.
Batizada de ‘Kapro III’, a operação teve como objetivo identificar fraude veicular relacionados a adulteração, a clonagem, a receptação, o furto, o roubo, o uso documento falso e demais ilícitos.
Nas ações foram identificados 08 veículos que apresentavam fraude nos seus elementos de identificação.
Resultados:
Quatro automóveis (VW Gol/L200 Outdoor/Fiat Strada/Fiat Uno) que possuíam registro de roubo/furto foram recuperados. Para tentar ‘atrapalhar’ fiscalizações da polícia, os veículos ostentavam placas trocadas, porém a expertise do policial, capacitação e treinamento em fraude veicular, foi possível constatar às adulterações e identificar os veículos originais.
Muitos desses veículos não possuem seguro e quando são devolvidos aos seus legítimos proprietários eles se sentem extremamente agradecidos com a ação policial.
Foram também recuperadas três motocicletas roubadas.
Nas incursões, também foi apreendida uma motocicleta CG Titan 125 que apresentava adulterações nos seus elementos identificatórios. O veículo passará por perícia.
Orientação:
A PRF alerta que muito desses veículos são vendidos bem abaixo do valor de mercado e são oferecidos em redes sociais da internet, multiplicando o lucro da associação e tornando rentável o negócio, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados.
Como funciona o crime das fraudes veiculares
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Via Agência PRF