A prefeitura de Montes Claros confirmou, nessa terça-feira (10), registro de caso da variante Delta do coronavírus na cidade do Norte de Minas Gerais. Segundo o órgão, a transmissão é considerada comunitária uma vez que não foi possível a identificação da origem do vírus.
O primeiro caso de transmissão comunitária em Minas Gerais foi confirmado em Virginópolis, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes no Vale do Rio Doce, no último 28 de julho.
Segundo o órgão, o paciente infectado com a variante Delta é um homem, de 30 anos. Ele apresenta sintomas leves, está isolado em casa e é acompanhado pela equipe de saúde da prefeitura.
De acordo com a instituição, o homem chegou a ser vacinado com a primeira dose da Covid-19, mas o exame apontou que ele estava com a doença antes mesmo de se imunizar. Ao receber a dose, ele não apresentava sintomas.
O homem informou que não saiu do município nem que teve contato com pessoas que viajaram para o exterior, o que confirma a hipótese de transmissão comunitária.
A prefeitura afirmou que está fazendo mapeamento e acompanhamento das pessoas que tiveram contato com o paciente para identificar a possível transmissão da variante.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o Estado já registra onze casos da variante Delta do coronavírus, contando com o caso de Montes Claros.
Flexibilização adiada
De acordo com a prefeitura, a cidade estava prestes a flexibilizar algumas atividades. Diante da transmissão, porém, decidiu aguardar um pouco mais a movimentação dos números da doença. Informou ainda que já tomou as medidas necessárias para o enfrentamento da atual situação.
A variante Delta
A variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2 foi primeiramente identificada na Índia em outubro de 2020 e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que atingiu o país asiático no início deste ano, sobrecarregando os sistemas de saúde e levando caos ao sistema funerário.
A variante Delta está presente em mais de 100 países e pode ser de 50% a 100% mais transmissível do que as demais cepas. Além disso, tem risco alto de internação.
A Pfizer afirmou que o imunizante possui eficácia reduzida contra variante. Já a AstraZeneca se mostrou 92% eficaz contra hospitalização pela cepa. O Butantan iniciou recentemente um estudo para medir a eficácia da CoronaVac, mas dados iniciais do fabricantes indicam que a vacina consegue atuar contra a mutação. A Janssen anunciou que a vacina Janssen protege contra a variante por até oito meses.
Sintomas e reinfecção
Os principais sinais são febre, dores de cabeça, coriza e dor de garganta. Com a variante delta, os casos têm menor ocorrência de tosse e perda de paladar e olfato, o que pode levar o paciente a confundir com os sintomas de um resfriado comum.
Um estudo da Fiocruz apontou que existe maior risco de reinfecção pela variante delta em indivíduos infectados pela variante gama e beta.
Informações do Jornal O Tempo