Convocado por empresários, ato em favor de Bolsonaro em Guanambi foi o maior desde a eleição de 2018

Empresários encabeçaram as manifestações em Guanambi

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também foram às ruas de Guanambi em manifestação a favor das pautas do atual chefe do executivo nacional.

Eles se concentraram no Parque da Cidade na tarde desta terça-feira (7), feriado da Independência do Brasil. De lá, saíram em carros e motos pelas ruas da cidade até chegarem à Praça do Feijão, onde organizadores do protesto falaram sobre as pautas reivindicadas.

Concentração no Parque da Cidade – Reprodução | Redes Sociais

Com o auxílio de um carro de som e de uma viatura da Superintendência Municipal de Trânsito (SMTran), um grupo montado a cavalo puxou a carreata, que também teve caminhões e tratores na sua composição. Pelas imagens foi possível constatar que foi a maior manifestação em favor de Bolsonaro em Guanambi desde que ele foi eleito, em 2018.

Na linha de frente da organização da manifestação estavam empresários conhecidos na cidade, principalmente do setor do agronegócio, como o agropecuarista Luiz Carlos Fernandes, o empreendedor do setor agroindustrial, Ariston Neves, e o veterinário Valter Fernandes.

Reprodução | Redes Sociais

Durante os dias que antecederam o protesto, eles e outros organizadores concederam entrevistas e também patrocinaram chamadas convidando para a manifestação em emissoras de rádio da cidade. Nesta terça-feira, eles vestiram camisas que os identificavam como organizadores do protesto e alguns deles discursaram para os participantes.

“Nós lutamos pela liberdade, nós lutamos pela democracia. Nós precisamos dos três poderes, a democracia é o governo do povo para o povo e pelo povo. O povo é que soberano. Qualquer governante do poder judiciário, do legislativo ou do executivo tem o dever de obedecer o povo”, disse Luiz Carlos em seu discurso.

Assim como a maioria das manifestações realizadas em centenas de municípios do país, os participantes protestaram contra ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que contrariam o presidente, como a prisão de alguns apoiadores, investigados por ameaças a ministros da corte.

De um modo geral, a manifestação foi convocada com pautas em defesa da democracia, da Constituição, da liberdade, e das instituições. Segundo os manifestantes, o pedido dos protestos é para que governantes e pessoas com poder de tomada de decisões decidam de acordo com os anseios da sociedade.

O voto impresso, proposta rejeitada na Câmara dos Deputados, também voltou a ser pauta da manifestação. O presidente e seus apoiadores ainda não desistiram da ideia de acoplar impressoras nas urnas eletrônicas para que elas imprimam uma cédula com o voto dos eleitores.

Os protestos tiveram maiores dimensões nas capitais do estados Brasil a fora. Em Brasília e São Paulo, Bolsonaro participou das manifestações e discursou para seus apoiadores que foram às ruas. Os discursos do presidente têm repercutido de forma negativa entre lideranças políticas e pela imprensa nacional e internacional, que viram as manifestações como antidemocráticas pelo tom de ameaça aos poderes.

Nas duas ocasiões ele disse que o protesto era um ultimado ao STF, para que não tome decisões que ele considera inconstitucionais. Neste sentido, ele ameaça responder com medidas fora da constituição. Ele também afirmou que não irá cumprir nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo das críticas, a quem chamou de canalha.

Grupos bem menores de opositores promoveram em alguns municípios do país a Macha dos Excluídos, manifestação promovida por movimentos sociais todos os anos no 7 de setembro. Este ano, os manifestantes protestaram contra a alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis e pela contra a forma que o Governo Federal enfrenta a pandemia do coronavírus. Em Guanambi o ato contou apenas com uma reunião com representantes de movimentos na Câmara Muncipal.

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