No último final de semana, em Janaúba-MG, o governo federal inaugurou uma linha de transmissão que escoará a energia da região Nordeste, por postes eólicas e usinas fotovoltaicas, para o Sudeste e Centro-Oeste. Essa ação prevê a preservação das hidrelétricas, que estão sobrecarregadas com a escassez hídrica.
A inauguração contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone e do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), Luiz Carlos Ciocchi.
Segundo o governo federal, o empreendimento da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (TAESA), foi entregue com cinco meses de antecedência e teve R$ 1 bilhão de investimentos. A linha terá capacidade de 1600 megawatts (MW), energia suficiente para 5 milhões de pessoas.
A construção desta linha é resultado do leilão 013/2015, da ANEEL. A energia será transmitida da Bahia para Minas Gerais, com duas linhas de transmissão e três subestação, em um percurso de 542 km de extensão. “Como cidadão e ministro, fico orgulhoso em apreciar empreendimentos como esse. A geração solar cresceu 200% nos últimos três anos no Brasil. São investimentos vultosos”, disse Bento Albuquerque, em inauguração da linha.
André Pepitone, da Annel também discursou. “Essa linha inaugurada hoje é de fundamental importância para esse período de escassez hídrica, pelo fato de aumentar em 25% a capacidade de o Nordeste transmitir energia para o Sudeste, assim podemos preservar as águas das hidrelétricas”. Segundo o governo federal, a linha é formada por dois trechos.
Um partindo da Subestação Pirapora-MG, dois até Janaúba-MG, três (238km) e outro saindo de Janaúba 3 até SE Bom Jesus da Lapa II (304km). Nesse trajeto são 26 travessias, passando por três subestações (Pirapora 2, Janaúba 3 e Bom Jesus da Lapa II), todas com tensão máxima de 500kV. Segundo o MME, entre os principais números, a obra contou com mais de 30 mil metros cúbicos de concreto, mais de 12 mil toneladas de estrutura, mais de 12,5 mil toneladas de cabos condutores.
*Informações da Agência Brasil