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Polícia investiga se médico baiano foi morto por alertar família sobre abuso sexual contra criança

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A Polícia Civil apura se o pediatra morto a tiros, dentro de um consultório, em Barra, oeste da Bahia, foi assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou sinais de abuso sexual. O caso teria ocorrido no ano de 2016, no município de Buritirama, que fica na mesma região.

O delegado titular de Barra, Jenivaldo Rodrigues, responsável pelas investigações do crime, disse que foi informado sobre a situação pelos parentes do pediatra. O irmão dele também falou sobe o caso com a reportagem do g1, na úlitma sexta-feira (24). A partir disso, a polícia vai investigar se a morte foi causada por vingança.

De acordo com o que o delegado relatou ao G1, na época em que o caso ocorreu em Buritirama, Júlio César não procurou a polícia para prestar queixa sobre possíveis ameaças que teria recebido. Agora, a polícia deve procurar pela família da criança que teria sofrido o abuso há cinco anos.

“Teve essa conversa de que a criança chegou molestada e ele falou que tinha que ir para Irecê [cidade no centro-norte da Bahia], que Irecê que tinha o departamento para investigar, ver direito, né? Mas isso tem um tempo, porque ele como médico tem por obrigação ver uma questão dessa e alertar a mãe e o pessoal para procurar a polícia”, disse ao Lula Teixeira, cirurgião-dentista e irmão do médico.

Lula Teixeira contou que a cunhada dele trabalha como enfermeira e atuava em parceria com o marido durante os atendimentos. Ela presenciou o crime, que ocorreu no momento em que Júlio César fazia o atendimento do dia.

Além da mulher, dois funcionários e uma criança, que estava acompanhada por responsável, presenciaram o assassinato. A polícia não detalhou se essas testemunhas já prestaram depoimento.

Dois homens são suspeitos de participação no crime, mas eles ainda não foram identificados pela polícia. Um é o atirador, que invadiu o local, e o outro é o motociclista que levou o atirador ao local em uma moto e prestou fuga no mesmo veículo.

Sem pistas sobre o autor do crime, que estava com um capacete na hora do assassinato, a família pede para que as pessoas que viram o vídeo e tenham identificado o autor procurem a polícia. “A resolução disso aí é um compromisso da sociedade com as pessoas de bem, nesse mundo que a gente vive com tanta violência, tanta falta de amor, banalização da vida. Esse cara destruiu uma família”, afirma a irmã ao G1.

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