O Fórum Baiano de Educação Infantil – Polo Sertão Produtivo, realizou no último dia 5, uma ‘Ciranda Reflexiva’ com o tema: ‘O retorno presencial significa garantia do direito à Educação Infantil?’.
O evento aconteceu de forma online e teve a presença de professores, representantes dos familiares dos alunos e representante do Ministério Público. Na ocasião, os participantes pontuaram os desafios e assinalaram proposições para um planejamento de protocolos mais participativos e adequados às especificidades dos bebês e das crianças.
A professora Adriana Bonfim, que representou Guanambi, ressaltou a importância de que os protocolos sejam construídos a partir de princípios éticos e científicos e sobretudo que tenham respeito à vida. ” Os municípios devem planejar a fiscalização do cumprimento dos protocolos como ação contínua após o retorno”, afirmou Bonfim.
Bonfim ainda destacou a necessidade de formação sanitária para todos os profissionais da educação e uma articulação intersetorial para fazer com que a escola seja lugar da garantia de outros direitos.
Em Brumado, às aulas presenciais já retornaram e a professora Elianar e o professor Marinaldo, denunciaram a falta de escuta aos profissionais da educação no processo de retorno e a ineficiência do protocolo nas rotinas das escolas. A professora Elianar, frisou ainda que o retorno só deve acontecer se garantir equidade no atendimento para todas as crianças, sem qualquer tipo de exclusão.
A Ciranda Reflexiva contou também com uma representante da família dos alunos, representada por Leidiane Pereira – Ela evidenciou a necessidade do retorno para a garantia dos direitos das crianças de brincar, conviver e aprender e ressaltou que os protocolos não devem privar as crianças das interações e da brincadeira que constituem memórias afetivas da infância. “Para muitas famílias a escola de Educação Infantil é a única rede de apoio para as mães trabalhadoras e, por isso, é necessário garantir um retorno presencial e seguro”, afirmou Pereira.
O pedagogo do Ministério Público, José Sérgio, afirmou da importância da discussão sobre o retorno presencial ouvindo diferentes sujeitos, falou dos canais de comunicação do MP e da importância de que a sociedade civil conheça como funciona o trabalho do MP e que encaminhe denúncias das irregularidades que vierem a ocorrer nos municípios, sempre que o direito à Educação Infantil seja negligenciado.
De acordo com representantes, o diálogo realizado na Ciranda fortaleceu a função política e social do FBEI-Polo Sertão Produtivo, enquanto espaço de mobilização e luta pelas políticas públicas para os bebês e as crianças do nosso território Sertão Produtivo.
*Com informações da FBEI- Sertão Produtivo