A prefeitura de Vitória da Conquista decretou situação de emergência pela situação anormal provocada pelo excesso de chuvas na cidade, nesta segunda-feira (6). Devido as fortes chuvas, moradores estão protestando pela falta de infraestrutura dos bairros e houve deslizamento de terra.
O decreto de emergência autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta aos desastres e a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelas chuvas intensas.
Uma área na Rua Caxias, lateral à Praça da Juventude, no bairro Guarani, sofreu um deslizamento por causa da chuva forte no domingo (5). Na tarde na segunda-feira (6), a prefeita Sheila Lemos visitou e acompanhou a continuidade da força tarefa dos órgãos municipais que atuam, desde o início da noite de domingo, para minimizar os danos causados e eventuais prejuízos dos moradores da Rua Eduardo Costa, que ficam à margem da encosta.
Nos últimos quatro dias, o acumulado de chuva supera os 95 mm em alguns pontos da cidade. A maior chuva foi registrada na tarde de domingo (5). Em apenas uma hora, choveu mais de 50 mm nos bairros Patagônia e Recreio, locais onde foram encontrados os maiores registros do temporal. O acumulado do dia passou de 75 mm.
Segundo a Prefeitura, toda estrutura municipal está em alerta para tentar reduzir os danos dos locais mais afetados. “Hoje estamos aqui [no Guarani] tomando as providências cabíveis, e assim que a chuva passar vamos fazer uma solução definitiva aqui para o local. Por enquanto é um paliativo, assim também em todas as áreas que foram alagadas”, disse a prefeita.
Moradores do bairro Lagoa das Flores reclamam dos alagamentos na localidade. Um grupo fechou o Km 815 da BR-116 em um protesto que levou cerca de quatro horas e causou um engarrafamento até Cândido Sales, que fica a 90 km de Vitória da Conquista. Na manifestação, os moradores fecharam a pista com pneus e colocaram fogo em materiais.
De acordo com publicação do G1, os moradores pediram que a prefeitura tome uma providência com relação à situação de infraestrutura. Eles contaram que depois que chove, a água empoça no bairro e demora até cinco dias para escoar. No entanto, com os constantes temporais na cidade desde novembro, esse volume de chuva tem virado lama e invadido as casas.
O grupo também chamou a atenção para o fato de que o lamaçal oferece riscos para a saúde da população, além do perigo de locomoção – já que a visibilidade do chão fica impossibilitada. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Vitória da Conquista, que ainda não se manifestou sobre a situação. A manifestação foi dispersada pela PRF.
Previsão para Vitória da Conquista
O tempo deve permanecer chuvoso em Vitória da Conquista pelo menos pelos próximos cinco dias. Neste período, o acumulado pode superar os 100 mm segundo as previsões dos institutos de meteorologia e dos dados fornecidos por modelos meteorológicos.
Os maiores acumulados devem ocorrer entre esta terça-feira (7), e quinta-feira (9). Também há previsão de continuação da chuva na próxima semana, com chances de pancadas em praticamente todos os dias.