O setor cultural perdeu 47 mil postos de trabalho entre os anos de 2019 e 2020 na Bahia. Os dados são de um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que a categoria foi a que mais perdeu empregos durante a pandemia do coronavírus.
A categoria foi a primeira a suspender as atividades por causa das restrições impostas pela pandemia e é a última a voltar na retomada das atividades econômicas.
Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quarta-feira (08) pelo IBGE, no ano passado, havia 218 mil pessoas ocupadas no setor cultural baiano, contra 265 mil em 2019. Foi o menor patamar desde 2014.
Com isso, a participação da cultura na geração de trabalho na Bahia teve uma discreta redução, de 4,4% para 4,3% do total de ocupados, entre 2019 e 2020.
A pesquisa revela ainda que o setor é marcado por alto de grau de informalidade: 60,7% dos que trabalhavam na cultura, em 2020, eram informais, frente a 51,2% no total de ocupados no estado.
As mulheres somam 57,6% da mão de obra do estado, mas tem grau de informalidade mais alto. De cada dez mulheres, seis não trabalha com carteira assinada (60,7%) e a remuneração é 30% mais baixa (-30,1%) que a média.
O primeiro evento-teste da Bahia foi realizado no mês agosto, em Salvador. Embora os eventos só começaram a ser liberados no mês de setembro, com restrições de público e protocolos sanitários. Atualmente a liberação na Bahia é para eventos com até 5 mil pessoas, desde que seja comprovado o esquema vacinal completo.