O governador Rui Costa (PT) anunciou que está descartada a realização do Carnaval em 2022. O anunciou foi deito durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (23).
O político afirmou que se no início de dezembro estava difícil de fazer o Carnaval, agora ficou impossível. “Sou responsável e eu não autorizaria o Carnaval nestas condições”, afirmou Rui.
“Sabe aquele filme Missão Impossível? Nós estamos na Missão Impossível 3, então, não será possível fazer esse carnaval. Não tem a mínima condição”, afirmou o governador, fazendo referência às duas ondas de Covid-19 e o aumento recente do número de casos de gripe H3N2 em todo o estado.
O governador alegou que realizar uma festa com grandes aglomerações neste momento significa “jogar fora todo esforço que foi feito” para reduzir os casos de coronavírus no estado e colocar em risco a vida das pessoas – “Comerciantes fizeram esforços, trabalhadores fizeram esforços, profissionais de saúde trabalharam loucamente durante esse período, todo mundo exausto. Perdemos muita gente e não queremos voltar a perder tanta gente”.
Conselho Estadual de Saúde autorizou o Carnaval
O Conselho Estadual de Saúde (CES) divulgou, em 12 de novembro, uma autorização da realização do Carnaval de 2022 na Bahia, desde que cumpridas recomendações sanitárias indicadas no documento. No entanto, a decisão definitiva não cabe ao órgão.
A decisão do CES ainda recomenda o reforço junto à população da importância dos protocolos de segurança sanitária, a exigência da comprovação da vacinação contra a covid-19, e a não utilização dos recursos públicos da saúde para o custeio do Carnaval.
O CES é um órgão deliberativo e fiscalizador, que auxilia o secretário de saúde na formulação de políticas de saúde no âmbito estadual. Ele é formado por entidades da sociedade civil, e tem entre as representações, sindicatos, trabalhadores da saúde e órgãos gestores. O CES conta com 64 representações.
A secretária estadual de Saúde Tereza Paim é a atual vice-presidente do conselho. A gestora não se manifestou após a divulgação da recomendação. Atualmente o CES é presidido por Marcos Antônio Almeida Sampaio, que é representante da sociedade civil.