Urandi registrou primeira morte por Influenza H3N2

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O município de Urandi registrou o primeiro óbito por Influenza (H3N2). A informação foi confirmada na tarde desta segunda-feira (3), na página oficial da prefeitura da cidade.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente deu entrada no Hospital Municipal Padre Antônio Manoel Rocha no dia 27 de dezembro de 2021 com síndrome respiratória. No mesmo dia, o quadro clínico do paciente piorou e morreu.

A coleta para diagnóstico de vírus respiratórios (Covid e Influenza) foi realizado e encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador, onde constatou a causa da morte.

A secretaria não divulgou detalhes como a idade, sexo e se tinha comorbidades.

A cepa da gripe está provocando surtos epidêmicos em vários estados. Segundo o ultimo boletim Sesab, foram registrados 8 óbitos ocasionados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave por Influenza A H3N2, o que representa uma taxa de letalidade de 7,1% entre os casos de SRAG hospitalizados. Dos óbitos registrados, 7 ocorreram em Salvador e 1 em Laje. No entanto, até o momento, a pasta não acrescentou o óbito de Urandi, ou seja, são ao menos 9 casos de óbito da doença na Bahia.

O primeiro óbito aconteceu em Salvador e, apesar de ter sido notificado no dia 15 de dezembro, aconteceu no último dia 11.

Os sintomas são febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarreia.

A prevenção contra a doença ocorre da mesma forma da Covid-19 –  distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.

Flurona 

No último sábado (1º), o governo de Israel registrou, pela primeira vez, um caso dessa dupla infecção em uma mesma pessoa. A condição ficou conhecida como flurona, uma junção das palavras “flu”, que é gripe em inglês, com parte da palavra “coronavírus”.  No Brasil já há casos confirmado, inclusive um na Bahia.

Para especialistas, a dupla infecção deve aumentar, já que os dois vírus estão circulando ao mesmo tempo e são altamente transmissíveis. Por isso, alertam, é preciso estar com a vacinação em dia. “Além da pandemia de Covid, o Brasil vive uma epidemia de Influenza. Por isso, os casos de coinfecção podem ocorrer. Aqueles que foram vacinados contra Covid e contra Influenza tendem a evoluir de uma forma muito boa. Entretanto, quem não se vacinou pode evoluir com mais gravidade”, disse Roberto Medronho, infectologia da UFRJ, ao G1.

“Desde o início da pandemia, temos receio do surgimento de uma coinfecção – a mesma pessoa ter os vírus da gripe e da Covid. Nos últimos tempos, temos lidado com o vírus da gripe e com a variante ômicron, que é muito mais contagiosa, circulando em vários estados. Por isso, muito provavelmente a gente vai ver mais coinfecção, o que pode causar um quadro mais grave, uma vez que os dois vírus atingem o mesmo sistema no organismo do indivíduo”, explicou a pediatra e infectologista, Cristiane Meirelles.

Ela falou sobre a importância da testagem: “Por isso, é importantíssimo que as pessoas testem. O diagnóstico vai ser fundamental para que o médico oriente o tratamento adequado e também o tempo de isolamento”.

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