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Chuvas devem dar trégua na Bahia e em Minas Gerais até fevereiro

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A Bahia, afetada pelas chuvas intensas no início de dezembro e na semana do Natal, e Minas Gerais, onde os acumulados de chuva passaram de 500 mm nas últimas duas semanas, terão dias de alívio pelos pelo menos até o fim deste mês.

De acordo com os modelos meteorológicos e institutos de meteorologia, deve chover pouco no estado neste período. As chuvas mais volumosas dos próximos dez dias devem se concentrar no Norte do país e no norte da Região Nordeste. Também deve chover bastante no sul no Rio Grande do Sul e no litoral de Santa Catarina e Paraná.

Previsão de chuva acumulado de 12 a 21 de janeiro – Windy.com

Em Minas e na Bahia, os acumulados não devem passar de 30 mm nas áreas com mais chuvas até 21 de janeiro. A trégua acontece com a eminente formação de uma Zona de Convergência Intertropical, com potencial para levar temporais para as cidades localizadas em faixa na altura da linha do equador, desde a Guiana, até o sul de Tocantins.

O trégua nos temporais severos vai ajudar a baixar os níveis dos rios que estão em situação de inundação em Minas, assim como favorecer o trabalho de recuperação de estradas e reconstrução de locais destruídos pelas cheias e deslizamentos na Bahia.

Nos meses de fevereiro e março, deve voltar a chover de forma significativa nos dois estados. As previsões de longo prazo indicam que os volumes devem ficar próximos da média histórica até o final de abril, quando termina o período chuvoso na maior parte dos dois Estados.

No estado nordestino, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (11) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), são 27.113 desabrigados, 60.437 desalojados, 2 desaparecidos, 26 mortos e 521 feridos. O total de atingidos é de 856.820 pessoas.

Os números correspondem às ocorrências registradas em 183 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 168 estão com decreto de situação de emergência. Os dois últimos decretados foram os municípios de Ibiassucê e Mortugaba.

Já em Minas, o pico de alagamentos aconteceu no início desta semana, com muitas cidades debaixo d’água devido às cheias dos rios. A Defesa Civil Estadual confirmou nesta terça-feira (11) mais dez mortes em decorrência da chuva no estado. Os óbitos foram notificados ao longo das últimas 24 horas.

Com isso, subiu para 19 o número de vítimas no estado desde o início do período chuvoso, a partir do dia 1º de outubro. Por causa das investigações em andamento, esses dados não incluem as 10 mortes ocorridas no último sábado (8), em Capitólio, após o desabamento de um paredão de pedra no cânion da represa de Furnas.

Em todo o estado, 145 municípios estão em situação de emergência. O número de desabrigados totaliza 3.481. Já os desalojados somam 13.756 pessoas. O balanço é o mais recente divulgado pela Defesa Civil estadual.

Rio São Francisco

O nível do rio São Francisco continua subindo na região Central e no Norte de Minas devido às cheias dos afluentes. Na Usina Hidroelétrica de Três Marias, a vazão afluente é altíssima, de 8.887 m³/s no início da tarde desta quarta-feira (12).

A Cemig, empresa responsável por administrar a usina, chegou a anunciar que abriria as primeiras comportas, no entanto, resolveu adiar por conta do nível elevado do rio nas cidades à jusante.

A cheia registrada neste início de ano no rio São Francisco já supera a ocorrida em março de 2020. O nível do rio tanto em Minas quanto na Bahia está mais alto do que o registrado à aquela ocasião, na qual já havia vertimento iniciado em Três Marias.

Na Bahia, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) anunciou que vai aumentar a defluência no lago de Sobradinho devido ao aumento da vazão do rio nos últimos dias e a previsão de chegada de volume muito grande de água nos próximos dias. O reservatório atingiu a marca de 60% de seu volume nesta terça-feira.

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