Uma nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) já está em formação e deve trazer a volta das chuvas para boa parte da Bahia até o fim de semana. Antes disso, o aumento de nebulosidade sobre o Nordeste pode proporcionar pancadas de chuva isolada a partir desta terça-feira (25).
Os maiores volumes devem se concentrar nas regiões Oeste, Sul e em toda a faixa litorânea do Estado. Nesta localidades, o acumulado em dez dias deve variar entre 70 e 100 mm.
Nestas áreas, as instabilidades podem vir acompanhadas de raios e se devem ao reforço da borda do Vórtice Ciclônico nos Altos Níveis da Atmosfera (VCAN) localizado no oceano, mais os ventos úmidos que sopram constantes do oceano para o leste do estado.
Nas regiões de Guanambi e Vitória da Conquista, no Centro-Sul Baiano, também deve voltar a chover com a formação da nova ZCAS, com acumulados que podem variar entre 40 e 70 mm até meados da próxima semana. Ao contrário das últimas convergências, está, aparentemente, tem menor potencial de causar grandes transtornos.
Em Guanambi o chuva deu uma trégua que já dura doze dias após se estender com pequenos intervalos secos de meados de dezembro até 12 de janeiro, com acumulado de mais de 550 mm neste período.
Já em Vitória da Conquista, parou de choveu antes, no final de dezembro. Em janeiro houve apenas episódios de pancadas de chuva na cidade, nos dias 9 e 20. O município foi um dos mais afetados pelas chuvas do final de 2021. De acordo com a prefeitura, pelo menos 120 casas desabaram totalmente ou parcialmente e muitas comunidades ficaram isoladas por conta da cheia de cursos d’água ou pela danificação de estradas vicinais.
Barragens
As duas maiores barragens de Guanambi estão com 100% de capacidade e continua vertendo água. Com muitos dias sem chuva, o volume vem diminuindo mas deve voltar a ganhar vazão se as previsões se concretizarem.
Com o cenário de cheia em toda a bacia do rio Carnaíba de Dentro e seus afluentes, todas as lagoas e alagadiços estão cheios e os solos continuam saturados. Isto vai favorecer o escoamento da água, fazendo com que as barragens continuem sangrando.
Na última sexta-feira (21), de acordo com dados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), o reservatório de Ceraíma estava vertendo água com a lâmina passando a quatro centímetros acima do sangradouro. No momento mais intenso do vertimento, este nível ultrapassou os 30 centímetros.
Já posso do Magro estava com a água passando a dois centímetros do sangradouro. Como a barragem atingiu 100% de sua capacidades dias após as chuvas, o nível de vertimento máximo passou um pouco dos dez centímetros.
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