O auditório da Câmara Municipal de Guanambi sediou no último sábado (19), a 4ª edição do Fórum de Conservadores da Bahia, evento com participação de diregentes estaduais do Partido Trabalhista do Brasil (PTB), líderes religiosos e pré-candidatos às eleições de 2022.
Uma das principais afirmativas do evento foi o apoio incondicional ao presidente Jair Bolsonaro (PL), provável candidato à reeleição. Os participantes fizeram uma avaliação positiva da atuação do chefe do executivo federal.
As palestras abordaram temas sobre família, religião política. Segundo os organizadores, “o fórum foi criado para unir a Direita conservadora, na luta pela liberdade e na preservação da família”.
Também foram lançados dois nomes de guanambienses como pré-cadidados ao legislativo nas eleições de outubro. O pastor evengélico Sérgio pretende concorrer a uma vaga à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), enquanto o policial miltiar Carlos José pode tentar uma vaga na Câmara do Deputados.
As outras edições do Fórum de Conservadores da Bahia aconteceram em Porto Seguro, Feira de Santana e Vitória da Conquista. No próximo mês, a organização deve anunciar mais uma cidade para receber o evento.
Roberto Jefferson
O fórum fez uma defesa à liberdade do ex-deputado federal e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson. Lideranças do PTB levaram uma faixa e fizeram discursos contrários à prisão do político.
Ele foi preso em 13 de agosto com base no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia. Em janeiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou a substituição da prisão preventiva do ex-deputado pela domiciliar. O ministro também ordenou que Jefferson terá que usar tornozeleira eletrônica.
De acordo com os participantes do evento do último sábado, a prisão do ex-mandatário do PTB é injusta e se caracteriza como uma perseguição do judiciário contra uma lidença política do país.
Figura controversa da república desde o governo de Fernando Color, no início da década de 90, Jefferson está prestes a se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de homofobia, calúnia e incitação ao crime de dano contra patrimônio público. Na última sexta-feira (18), o plenário virtual formou maioria para aceitar a denúnica apresentada em agosto do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR lista declarações em que o ex-deputado atacou instituições, e afirma que Roberto Jefferson praticou condutas que constituem infrações previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.