Estudantes da zona rural seguem sem previsão de retorno às aulas em Guanambi

Processo Seletivo Motorista do transporte escolar
Imagem Ilustrativa | Reprodução

As direções de quatro escolas municipais de Guanambi divulgaram uma nota conjunta nesta quarta-feira (2), sobre o atraso no reinício das aulas por conta da falta de transporte escolar para os estudantes da zona rural.

De acordo com a nota, as escolas aguardavam um posicionamento da Secretaria Municipal de Educação sobre o início do serviço, no entanto, não houve nenhuma resposta ou previsão por parte da pasta.

Na semana passada, pais de alunos fizeram um protesto em frente à secretaria de educação para cobrar a imediata resolução do problema.

As instituições afirmam que as escolas que recebem alunos do campo continuam impossibilitadas de iniciarem o ano letivo por conta da impossibilidade de receber estes alunos.

As aulas nas demais escolas onde não há estudantes que necessitem do transporte foram retomadas no dia 21 de fevereiro. Passadas quase duas semanas, ainda não há uma previsão para que eles possam acessar as escolas, fechadas para o ensino presencial há quase dois anos por conta da pandemia do coronavírus.

Na avaliação das escolas, a falta de transporte escolar acentua as desigualdades e exclui aqueles que mais carecem de amparo. “Nós professores, diretores e demais membros de cada equipe escolar nos preparamos com entusiasmo e zelo para acolher nossos alunos, após praticamente dois anos em aula presencial. No entanto, mais uma vez, os alunos do campo estão sofrendo as consequências, simplesmente por serem moradores do campo, ou de localidades distantes das escolas”, diz trecho da nota.

Por fim, a nota diz que as escolas que não iniciaram as aulas ou que precisaram suspendê-las por conta da ausência dos estudantes da zona rural ainda seguem sem previsão de retorno. Por esta razão, o pedido direcionado a alunos e pais é para que haja cobrança ao poder público para resolver a questão.

A nota foi assinada pelas direções das escolas Alzira Carolina Normanha, Anísio Cotrim e Maria Milza, em Morrinhos, Adalgisa Ferreira Costa, Pedro Barros Prates e Sebastião Malheiros, em Mutãs, Colônia Agrícola, em Ceraíma e Rômulo Almeida, no bairro Santo Antônio, na sede do município.

A Secretaria Municipal de Educação se manifestou pela última vez sobre o assunto no último 18, informando que trâmites burocráticos impediram a conclusão da licitação para a contratação de empresas responsáveis pelo transporte escolar.

Já na última terça-feira (22), foi homologado e publicado no Diário Oficial do Município o resultado do procedimento licitatório. Com isso, passado o prazo para recursos, os contratos devem ser assinados e o serviço poderá ser iniciado nos próximos dias.

A empresa Sol Dourado Serviços de Transportes Rodoviários vai fornecer veículos e motoristas para 95 das 99 linhas do transporte escolar municipal. O contrato vai prever a prestação do serviço pelos 200 dias do ano letivo pelo valor de R$ 9.102.952,56. Esta mesma empresa era responsável pelo transporte escolar em Guanambi antes da paralisação das aula por conta da pandemia do coronavírus.

Outras três empresas ficarão responsáveis pelas quatro linhas restantes, que custarão aproximadamente R$ 577 mil.

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