Após um novo aumento anunciado na última sexta-feira (29) pela Acelen, empresa administradora da Refinaria de Mataripe, o preço final da gasolina para os consumidores voltou a subir em toda a Bahia.
Em Guanambi, os postos estão comercializando o produto pelo preço médio de R$ 7,93, podendo chegar a até R$ 7,99 em alguns postos. No distrito de Morrinhos, o litro custa R$ 8,20 no único posto da localidade.
Na vizinha Caetité, o valor do litro é maior do que R$ 8 na maioria dos postos, chegando a R$ 8,09 em alguns estabelecimentos. As informações são dos aplicativos Preço dos Combustíveis e Preço da Hora.
Em relação a semana anterior, o aumento é de aproximadamente vinte centavos, ou de 2,5%. O produto era encontrado pelo valor médio de R$ 7,736 nas bombas dos postos da cidade antes do último aumento de preços.
De acordo com a Acelen, o reajuste foi de 6,7% apenas para a gasolina, não afetando o diesel e o gás de cozinha.
“A Acelen informa que os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete. A Acelen reafirma sua aposta em uma política transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado”, justificou a empresa em nota.
Desde o início do ano, o preço da gasolina subiu 27% na Bahia. Ao todo a empresa fez nove reajustes. A Refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves, foi privatizada pela Petrobras no fim do ano passado. Desde então, o controle é feito pela empresa que pertence ao fundo soberano árabe Mubadala.
A Petrobras, responsável pela maior fatia do abastecimento em todo o país, ainda não anunciou um novo reajuste, o que pode ocorrer em breve, apesar da pressão do presidente Jair Bolsonaro para que a estatal não aumente os preços mais uma vez.
Mudança na exposição dos preços
A partir do próximo sábado, 7 de maio, não tem mais desculpa: todos os postos de combustíveis do país devem apresentar os preços dos produtos com apenas dois dígitos na parte dos centavos.
É o que determina a resolução da ANP, Agência Nacional do Petróleo, que deu seis meses para esses estabelecimentos se programarem e fazerem as adaptações necessárias. A ideia principal é facilitar a leitura dos preços pelos consumidores, que terão mais clareza na hora de escolher onde abastecer, por exemplo.
Segundo a norma, os preços devem ser exibidos com as duas casas decimais no painel de preços e também nos visores das bombas de abastecimento.
Para não precisar trocar as máquinas, o terceiro dígito dos centavos pode continuar nas bombas desde que travado no zero na hora do abastecimento.
Apesar de melhorar a questão visual e facilitar para o consumidor, a ANP informou que o valor final dos preços dos combustíveis não deve sofrer nenhum impacto, já que não vai levar custos aos postos e nem aos revendedores.