A emergência sanitária provocada pela pandemia do coronavírus mudou a vida de muitas pessoas mundo afora. Em Guanambi, um esportista, bastante conceituado no ramo das artes marciais, teve sua rotina de treinos e aulas afetada, neste período, e resolveu usar seu tempo para investir em outra atividade.
O empreendedor usou sua paixão de infância para construir um novo negócio e vem conquistando clientes, pela internet e também nas feiras que participa, com seu artesanato feito com vários tipos de couro.
Anderson Eziquiel da Paixão, ou Anderson Paixão como é conhecido, começou, na adolescência, sua carreira no karatê. Com esforço e muita dedicação ele passou de atleta, a professor e árbitro, chegando a representar Guanambi em competições estaduais e nacionais.
Atualmente, faixa preta 4°Grau de karatê, ele já ministrou aulas para crianças carentes e para alunos com deficiência auditiva em Guanambi. Contudo, durante a pandemia de Covid-19, ele foi obrigado a parar as atividades ligadas ao esporte.
Com essa pausa forçada, o guanambiense teve mais tempo para se dedicar ao artesanato, seu outro ofício. Desde a infância, Anderson aprendeu de sua mãe, Ana Maria de Jesus Paixão, também conhecida como Tia Ninha, o amor pelos trabalhos manuais.
Foi em um ateliê improvisado na sala de casa, que o menino foi se encantando pelo ofício. Ajudava a mãe a separar retalhos que depois seriam transformados em lindas colchas e kits para cozinha. Além do bordado, Tia Ninha aprendeu com a avó de Anderson o crôche, o ponto cruz e muitas outras artes.
Em 2006, Anderson conheceu o artesanato em couro por meio de sua esposa. O trabalho, que começou com o pedido de um desenho simples para a capa de uma bíblia recém reformada, se tornaria sua nova paixão.
A partir daquele dia, o artesão foi se debruçando, cada vez mais, no mundo da couraria. O estudo o ajudou a desenvolver suas habilidades naturais e, desde 2012, ele é reconhecido profissionalmente e tem cadastro oficial com artesão em couro. Durante todo esse tempo, ele se dividia entre as atividades artísticas e esportivas.
A partir da pandemia, Anderson começou a tirar do papel algumas ideias para profissionalizar mais seu negócio. Agora, suas atividades laborais estão concentradas no artesanato, no atendimento aos clientes nas redes sociais e nos cursos on-line sobre marketing e outras temáticas ligadas ao empreendedorismo.
A ideia principal é construir um ateliê com sua marca “Mandacaru”. A inspiração do nome vem do desejo de contar, através do couro, um pouco da história e da cultura de Guanambi.
Anderson já possui uma grande variedade de peças em seu repertório voltadas para as maiores demandas dos clientes, como mochilas, bolsas femininas, nécessaires, carteiras, e capas de livro, principalmente, de bíblias. Além disso, ele busca desenvolver obras, como desenhos e retratos, que representem a cultura regional.
Segundo ele, o que mais o encanta no artesanato é sentir a magia que existe em cada criação. Para conhecer melhor o trabalho deste artista você pode acessar suas redes socias mandacaru_couro ou mandacaru acessórios em couro.