Após confimação do 3º caso de varíola dos macacos na Bahia, Vitória da Conquista e mais 6 cidades têm casos suspeitos

Vírus monkeypox
Imagem Ilustrativa | Reprodução

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia divulgou, na tarde desta quinta-feira, nota informando a confirmação do terceiro caso da doença causada pelo vírus Monkeypox (conhecida como varíola do macaco), registrado na última quarta-feira (20), em Salvador. A Sesab também monitora mais 13 casos supeitos na capital e em mais 6 cidades do interior da Bahia.

As notificações em investigação são dos municípios de Salvador (5), Santo Antônio de Jesus (2), Vitória da Conquista (2), Camaçari (1), Camamu (1), Ilhéus (1), Porto Seguro (1). De acordo com a Sesab, em todos os casos, as medidas sanitárias de monitoramento dos contactantes próximos, bem como isolamento foram adotadas.

Na última terça-feira (19), a Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista realizou a primeira capacitação com os coordenadores de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Epidemiologia Hospitalar do município. O encontro teve como objetivo orientar os profissionais sobre a identificação de sintomas da doença, o que fazer para realizar a coleta laboratorial e os encaminhamentos para notificação.

O primeiro caso registrado em 2022 da varíola dos macacos foi em Londres no dia 6 de maio. De acodo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em dados divulgados nesta quinta (21), o mundo já tem 14.500 casos, em 72 países. Até a última quarta-feira (20), o Brasil contabilizava 592 casos (Ministério da Saúde).

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus Monkeypox, que, apesar do nome, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.  A doença, geralmente, cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia (aumento dos gânglios do pescoço), calafrios e exaustão; com os sintomas podendo durar de 2 a 4 semanas.

Contudo, um estudo com mais de 500 pacientes de 16 países, publicado na famosa revista científica New England Journal of Medicine, nesta quinta (21), revelou algumas novidades. De acordo com o estudo, muitos dos 528 pacientes avaliados no estudo apresentavam sintomas como lesões genitais únicas e feridas na boca ou no ânus.

Segundo os médicos do estudo, esses sintomas são semelhantes a às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e isso pode causar erros de diagnóstico. Assim, eles aconselham atenção na investigação, pois os novos sintomas da doença podem levar a internação hospitalar.

A doença é transmissível. As formas de contágio incluem contato físico com animal ou pessoa infectada pelo vírus. Entre pessoas, o contato direto com fluidos corporais (sangue, saliva ou pus), secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo ( ao beijar, abraçar ou durante o sexo).

Também é  possível o contágio através do contato com materiais contaminados por pessoa contaminada pelo vírus. O contato, geralmente, acontece 21 dias antes do início dos sintomas.

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