O Campus XII da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), localizado em Guanambi, terá em breve um novo curso depois de 16 anos sem novas ofertas. Uma resolução publicada nesta quinta-feira (6), no Diário Oficial do Estado (DOE), autorizou a implantação do curso de Direito na unidade.
De acordo com o documento, assinado pela reitora Adriana Marmori Lima, o curso de bacharelado será ofertado em Regime de Cooperação Interdepartamental com com Campus IV, da cidade Jacobina.
A resolução diz ainda que o curso terá carga horária total de 4.220 horas, conforme estabelecido em seu Projeto Pedagógico.
À reportagem da Agência Sertão, a atual diretora do Campus XII, Tatyanne Marques, ressaltou que a aprovação da instalação do curso é uma demanda que vem sendo trabalhada há algum tempo dentro da instituição. “Estamos muito felizes porque há mais de 16 anos não tínhamos um curso novo em nosso campus, uma demanda da sociedade que a reitora compreendeu quando esteve em Guanambi recentemente”, comemorou.
A diretora disse ainda que a previsão é que sejam ofertadas 30 vagas já no próximo vestibular da Uneb, previsto para ocorrer em janeiro. “Vamos trabalhar para formar o quadro docente e organizar a infraestrutura inicial para finalmente podermos ofertar o curso de Bacharelado em Direito para os estudantes da nossa região”, comentou.
Sonho antigo
O desejo de se implementar o curso na cidade é antigo. Em 2019, a Prefeitura de Guanambi, por meio de um ato do ex-vice-prefeito Hugo Costa enquanto estava interinamente no cargo, formalizou à Uneb a importância do município receber este curso na instituição.
À época, no ofício entregue ao então reitor José Bites de Carvalho e também ao Professor Domingos Rodrigues da Trindade, então diretor do Campus, o munícipio destacou que Guanambi é um importante polo educacional, sediando também diversas instituições judiciais, como a Subseção da Justiça Federal, sede da Coordenadoria do Ministério Público estadual, escritório da Procuradoria da República, Varas da Justiça do Trabalho, entre outros.
Hugo Costa justificou que os cursos de Direito oferecidos na cidade são de instituições privadas, restringindo o acesso de pessoas que sequer possuem condições de obter financiamento estudantil, acarretando no afunilamento de acesso à educação para quem não dispõe de recursos financeiros para tal, o que compromete um desenvolvimento social mais equitativo.
Desde então, os esforços por parte da direção do Campus foram intensificados, resultando três anos depois na aprovação.