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Minas Gerais tem uma cachaçaria para cada 60 mil habitantes

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta quinta-feira (13) o Anuário da Cachaça 2021. Em todo o país há 936 estabelecimentos registrados como cachaçaria em 611 municípios.

Minas Gerais lidera o ranking em números absolutos e também em relação á população. São 353 unidades produtoras da bebida alcoólica mais tradicional do Estado em 207 municípios. Em números absolutos, considerando a população estimada de 21,4 milhões de habitantes, são 60.315 mineiros para cada alambique regularizado.

A cidade de Salinas, no Norte de Minas, conhecida como capital mundial da cachaça, não tem este título atoa. É lá onde há o maior número de produtores de cachaça do país, 16 estabelecimento registrados no município de 41,5 mil habitantes.

No entanto, o município com maior densidade cachaceira é Córrego Fundo, no Oeste Mineiro. São dez cachaçarias registradas na cidade que tem apenas 6,4 mil habitantes, uma para cada 640 moradores.

A Bahia é o 11º estado com mais cachaçarias. São 20 estabelecimentos instalados em 18 municípios. Em relação à densidade cachaceira, o estado ocupa a 14ª posição, com uma cachaçaria para cada 788.699 habitantes.

Densidade cachaceira por estado

UF Habitantes/estabelecimento de cachaça
1 Minas Gerais 60.315
2 Espírito Santo 65.214
3 Paraíba 99.022
4 Santa Catarina 128.745
5 Rio Grande do Sul 216.352
6 Goiás 240.220
7 Rio Grande do Norte 273.916
8 Rio de Janeiro 286.284
9 São Paulo 319.515
10 Paraná 414.196
11 Ceará 440.028
12 Pernambuco 509.200
13 Mato Grosso 713.447
14 Bahia 788.699
15 Maranhão 794.807
16 Piauí 822.323
17 Alagoas 841.338
18 Acre 906.876
19 Distrito Federal 1.031.442
20 Tocantins 1.607.363
21 Pará 1.755.425
22 Rondônia 1.815.278
23 Sergipe 2.338.474
24 Mato Grosso do Sul 2.839.188
25 Amazonas 4.269.995
26 Amapá
27 Roraima

 

Mais dados do Anuário

O número de municípios brasileiros com pelo menos uma cachaçaria registrada cresceu no ano passado. Segundo o levantamento, a quantidade de municípios passou de 586, em 2020, para 611 em 2021.

Apesar do aumento no número de municípios, o documento relata a diminuição de 2% na quantidade de estabelecimentos produtores de cachaça registrados no Mapa: em 2020, esse número foi de 955, enquanto 2021 fechou em 936 estabelecimentos. No período, foram registradas 98 novas cachaçarias e outras 117 cancelaram seus registros, o que corresponde a uma redução líquida de 19 cachaçarias em relação ao ano anterior.

“Se avaliarmos desde 2018, primeiro ano da publicação do anuário, o número de estabelecimentos produtores de cachaça mostra uma leve oscilação ao redor de 943 estabelecimentos. Nesses últimos 4 anos, o único aumento de estabelecimentos registrados se deu de 2019 para 2020, quando passou de 894 estabelecimentos para 955, o que representou um crescimento de 6,8%”, destaca o diretor do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.

A Região Sudeste domina a produção de cachaça, com 620 cachaçarias que representam 66,2% do total no país. Em seguida, temos o Sul com 138, Nordeste com 130, Centro-Oeste com 39 e o Norte com nove estabelecimentos.

Em termos relativos, observa-se que o maior aumento percentual no número de cachaçarias ocorreu na Região Sul, onde a abertura de 20 novas fábricas representou um aumento de 16,9% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado pela abertura de nove novas cachaçarias no Rio Grande do Sul, nove em Santa Catarina e duas no Paraná. O Sul também foi a única região em que todos os estados apresentaram crescimento no número de estabelecimentos registrados.

São Paulo, por sua vez, ocupa a segunda posição no ranking, com 143 cachaçarias. O estado registrou um aumento com a abertura de 15 novos estabelecimentos, ou aproximadamente um novo por mês, que correspondem a um crescimento de 11,7% em relação a 2020.

Outro destaque é o Espírito Santo que tem quase a metade dos seus municípios (47,4%) com pelo menos uma cachaçaria. Apesar de ser o terceiro estado quanto ao número total de estabelecimentos, com 64 cachaçarias, se encontra na segunda posição no que diz respeito a densidade cachaceira, apresentando um estabelecimento para cada 64.214 habitantes.

As únicas unidades da Federação que se mantiveram com o mesmo número de cachaçarias foram: Alagoas (3), Acre (1), Amazonas (1), Mato Grosso do Sul (1) e Rondônia (1).

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, o anuário é importante para ajudar a estruturar a cadeia da bebida. “Essa cadeia, que é tão antiga, carecia de uma estruturação. Não há setor que avance se não houver uma organização”, disse. Ele também destacou a importância de ampliar o reconhecimento internacional da cachaça. “É inadimissivel termos um produto tão genuíno brasileiro e não conseguirmos mostrar isso ao mundo”.

Confira aqui o Anuário da Cachaça 2021

Produtos

Em 2021, atingiu-se a marca de 4.969 registros de cachaças, sendo que desses, 810 continham mais de uma marca comercial no mesmo número de registro.

“Isso ocorre porque quando se tem produto idêntico dentro do mesmo estabelecimento, deverá ser utilizado o mesmo registro de produto para todas as diferentes marcas comerciais utilizadas. Assim, se considerarmos as diferentes marcas comerciais comercializadas sob o mesmo número de registro, chega-se a 6.795 produtos”, explica Bertoldo.

A média brasileira é de 5,2 registros de produtos por estabelecimento.

Exportação

A exportação brasileira de cachaça cresceu 29,5% no volume exportado, 7.221.219 litros, e 38,4% no montante de exportações, US$ 13.178.050, em relação ao ano anterior.

Em 2021, a cachaça foi exportada para 67 países, sendo o Paraguai e a Alemanha os principais destinos.

No que se refere ao valor da mercadoria exportada, os Estados Unidos foram o maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$ 3.481.872. Destaca-se também a Europa, com sete países entre os dez principais parceiros econômicos na compra de cachaça. O continente foi responsável por um mercado de US$ 6.238.439. A cachaça é um produto típico brasileiro, por isso não há importação deste produto.

“O Anuário da Cachaça é mais uma importante entrega do Mapa e retrata um setor em fase de retomada, ao conciliarmos os dados do levantamento com os números promissores que o IBRAC tem divulgado de crescimento da cachaça no mercado interno e externo, principalmente dos resultados parciais de exportação de 2022”, destaca Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), entidade representativa do setor.

O Anuário da Cachaça foi divulgado em evento organizado pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), com o apoio do Mapa, em parceria com a GS1 Brasil.

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Esta postagem foi publicada em 13 de outubro de 2022 23:15

Tiago Marques

Tiago Marques é redator e editor do site Agência Sertão. Trabalha com produção de conteúdo noticioso para rádio e internet desde 2015.

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