Passageiros que saíram do terminal Tietê, em São Paulo, o maior da América Latina – e segundo maior do mundo, atrás apenas do terminal de Nova Iorque (EUA) – registraram uma infestação de baratas em um coletivo da empresa Gontijo.
De acordo com o g1, a viagem tinha como destino a cidade de Guanambi, no interior da Bahia, mas teve um ponto de embarque e desembarque em Belo Horizonte, na última segunda-feira (14).
As imagens mostram os insetos circulando pelo salão principal do ônibus e nas paredes, bem próximo aos assentos. Algumas peças do ônibus estavam soltas e as baratas usavam esses espaços como esconderijos.
O relato dos passageiros é de que a Gontijo também não forneceu água mineral, um benefício recorrente praticado por diferentes empresas do transporte rodoviário. Quando sinalizaram ao motorista, ele afirmou aos passageiros que as reclamações deveriam ser direcionadas ao serviço de atendimento ao cliente.
A viagem entre São Paulo e Guanambi (BA) tem duração média estimada em 24 horas. O percurso até Belo Horizonte leva oito horas. Segundo os passageiros, mesmo com a infestação, a empresa não providenciou a troca do veículo e a viagem seguiu de forma regular.
O g1 procurou a Gontijo, que se posicionou por meio de nota às 11h50 desta sexta-feira (18), informando que a empresa apura o ocorrido, e ressalta que o veículo que fez esta viagem estava com a dedetização em dia.
“O ônibus passou pelo programa preventivo de dedetização – que é feito de dois em dois meses – no dia 17 de outubro […] Outro resultado da nossa apuração em andamento: os dois motoristas que fizeram a viagem informaram à empresa que não houve qualquer reclamação de clientes naquela viagem. Checamos também no SAC da empresa e no Reclame aqui, e também não houve reclamações de clientes.”
A reportagem também procurou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela fiscalização do serviço rodoviário, mas não houve retorno até a última atualização.