Os policiais rodoviários federais resgataram 12 aves silvestres, alguns jogados em lixeira de ônibus, em Vitória da Conquista. Os flagrantes aconteceram nesta terça-feira (28), em frente a unidade operacional da PRF, Km 830 da BR 116.
A primeira ocorrência foi registrada às 14h30, quando uma equipe da PRF abordou um ônibus de viagem. Ao subirem no veículo, os policias fizeram as consultas de praxe e ao vistoriarem o interior do ônibus, encontraram dois pássaros conhecidos como ‘coleirinha’ que foram jogados na lixeira do ônibus.
Um homem de 29 anos foi identificado como responsável pelo transporte ilegal dos animais. Ele disse que ao perceber a fiscalização da polícia resolveu se livrar das aves. Informou ainda que os ‘coleirinhos’ foram entregues na cidade de Paranavaí (PR) e seriam levadas até um Umbaúba (SE), um trajeto de quase 2.500 quilômetros.
O segundo flagrante ocorreu por volta das 15h, durante abordagem a um ônibus que seguia de Pauliceia (SP) com destino a Arapiraca (CE). Ao subirem no ônibus e conversarem com os ocupantes, os PRFs decidiram aprofundar à fiscalização e após uma vistoria minuciosa, acabaram encontrando 02 canários da terra e mais 08 papa-capim que estavam aprisionados em uma gaiola e escondidos dentro de uma sacola de viagem.
O responsável pelas aves, um idoso de 70 anos, não apresentou nenhuma documentação emitida por órgãos ambientais e informou que capturou os pássaros na cidade de Conceição da Lagoa (MG). Disse ainda que pretendia criar os animais em sua residência localizada na cidade de Campo Alegre (AL).
Dada às circunstâncias, foram lavrados os Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e os infratores responderão na Justiça por crime contra o meio ambiente previsto na Lei 9.605/98.
As aves foram encaminhadas ao órgão ambiental CETAS, onde receberão os primeiros cuidados para depois serem devolvidos a natureza.
Vale ressaltar que é crime a caça predatória, o tráfico e a criação ilegal de animais silvestres. As penas para estes crimes ambientais são de multa de até R$ 5 mil, por animal encontrado irregularmente, e até um ano e seis meses de prisão.