O Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) apresentou o ‘Projeto Cooperativa de Plataforma e Aplicativo para moto e bike entregadores de Salvador’ na quinta-feira (9), às 9h, no auditório do Parque Tecnológico da Bahia, na Avenida Luís Viana Filho (Paralela).
O projeto tem como objetivo assessorar a formação de cooperativas de plataforma, com a participação mínima de 100 motos e bikes como uma alternativa aos serviços de entrega online oferecidos por empresas.
Na abertura do evento, a Setre apresenta o projeto com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel– BA), do Sindicato de Motos da Bahia (Sindmoto), da empresa Softex Campinas e da Rede Estadual de Economia Solidária. Em seguida, às 10h, o titular da Setre, Davidson Magalhães, faz palestra sobre políticas públicas para a categoria de motos e bikes de entregadores.
Com investimento de mais de R$ 770 mil reais, por meio do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), o projeto prevê a prestação de serviços técnicos especializados para o desenvolvimento, implantação, suporte e manutenção de um aplicativo no formato marketplace para o gerenciamento de toda a logística de entrega da cooperativa pela plataforma.
A ideia do projeto surgiu durante a pandemia da covid-19, com o aumento dos trabalhadores em serviços de entrega e em condições de precarização. Em Salvador estima-se que existam mais de 15 mil motos e bikes de entregadores. Estudos indicam que esses trabalhadores operam como autônomos, a maioria (65%) está na faixa de 26 a 41 anos e a quase totalidade (98%) não possui seguro devido aos altos custos cobrados pelas operadoras.
Economia solidária
A criação da cooperativa para gerenciar um aplicativo próprio é uma alternativa que visa superar o trabalho precário oferecido por grandes plataformas bem como estimular as relações comerciais entre motos e bikes entregadores e pequenos e médios empreendedores solidários, gerando novas oportunidades de trabalho, renda e melhor qualidade de vida. Ao final do projeto, a tecnologia desenvolvida pela Organização da Sociedade Civil (OSC), contratada por meio de chamamento público, será de propriedade da cooperativa, conforme previsto em contrato.
Para implantação do projeto estão previstas ações como encontros formativos de 40 horas, abordando os fundamentos do cooperativismo e legislações correlatas, oficinas de gestão de negócios virtuais, com total de 88 horas, elaboração de plano de negócios, recrutamento de equipe, entre outras.