A primeira turma do curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) iniciará os estudos na próxima quarta-feira (15). A instituição preparou uma aula inaugural para receber os alunos. A atividade será a partir das 19h, na sede da Subseção de Guanambi da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no bairro Aeroporto Velho.
O curso terá 30 alunos, dois quais 20 foram selecionados pelo vestibular da instituição. As outras dez vagas seriam incluídas no Sistema de Seleção Unificado (Sisu), no entanto, a instituição não conseguiu viabilizar a inclusão em tempo hábil. Por esta razão, as vagas excedentes devem ser preenchidas por meio de uma segunda chamada entre os participantes do vestibular.
Os aprovados em Direito e nos demais cursos da Uneb deverão efetuar a matrícula entre esta segunda-feira (13) e quarta-feira (15), presencialmente na instituição, portanto os documentos exigidos pelo Edital de Matrícula. A secretaria acadêmica realizará o atendimento das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h.
Este será o quinto curso ofertado pelo Campus XII da Uneb, que já oferta Administração, Educação Física, Enfermagem e Pedagogia. Foram 16 anos sem novas ofertas até que uma resolução foi aprovada e publicada, autorizando a implantação do curso de Direito na unidade, ofertado em Regime de Cooperação Interdepartamental com com Campus IV, da cidade Jacobina.
A carga horária total do curso será 4.220 horas, conforme estabelecido em seu Projeto Pedagógico.
Sonho antigo
O desejo de se implementar o curso na cidade é antigo. Em 2019, a Prefeitura de Guanambi, por meio de um ato do ex-vice-prefeito Hugo Costa enquanto estava interinamente no cargo, formalizou à Uneb a importância do município receber este curso na instituição.
À época, no ofício entregue ao então reitor José Bites de Carvalho e também ao Professor Domingos Rodrigues da Trindade, então diretor do Campus, o munícipio destacou que Guanambi é um importante polo educacional, sediando também diversas instituições judiciais, como a Subseção da Justiça Federal, sede da Coordenadoria do Ministério Público estadual, escritório da Procuradoria da República, Varas da Justiça do Trabalho, entre outros.
Hugo Costa justificou que os cursos de Direito oferecidos na cidade são de instituições privadas, restringindo o acesso de pessoas que sequer possuem condições de obter financiamento estudantil, acarretando no afunilamento de acesso à educação para quem não dispõe de recursos financeiros para tal, o que compromete um desenvolvimento social mais equitativo.
Desde então, os esforços por parte da direção do Campus foram intensificados, resultando três anos depois na aprovação.