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Vitória da Conquista

Vitória da Conquista está há quase 60 dias sem chuvas expressivas

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O verão terminou às 18h25 desta segunda-feira (20) e as chuvas generalizadas não voltaram a Vitória da Conquista no restante da estação. A última vez foi no dia 22 de janeiro, quando a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizada no Campus da Uesb, registou 48,4 milímetros (mm).

Dos 89 nove dias de verão, os últimos 57 foram de tempo seco na cidade, com apenas algumas chuvas fracas e isoladas. Durante todo o mês de fevereiro, o acumulado foi de apenas 8,2 mm. Já nos primeiros 20 dias de março, a estação registou apenas 1,6 mm.

Além da falta de chuva, as últimas semanas foram de calor, com máximas muito próximas à casa dos 30º gruas celsius (ºC). Já as mínimas têm variado entre 16ºC e 18ºC, ou seja, a amplitude térmica tem sido bastante dilatada com o decorrer dos dias. A umidade relativa do ar também tem ficado abaixo dos 50% com frequência.

Com o início do outono e a aproximação do período mais seco na região, o cenário para os próximos meses pode ser de seca severa, afetando as atividades agropecuárias e até mesmo o abastecimento humano em alguma localidades da zona rural.

Até o fim de março, as previsões apontam para possibilidade apenas de chuvas fracas ou temporais isolados, apesar do aumento da nebulosidade. Já os prognósticos de médio prazo também apontam condições favoráveis para chuvas na primeira quinzena de abril. No entanto, os volumes podem ser insuficientes para interromper a estiagem agrícola, como por exemplo permitir o desenvolvimento das pastagens.

Fim do Lã Niña

Chegou ao fim o fenômeno La Niña, após três anos de duração. A informação foi confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) no último dia 9. Com isso, a expectativa é que o Oceano Pacífico permaneça em neutralidade durante o outono e início do inverno de 2023 no Hemisfério Sul.

A persistência prolongada da La Niña favoreceu a ocorrência de chuvas expressivas no semiárido baiano neste período de atuação. Os meses de dezembro dos últimos dois anos foram de chuvas bem acima da média, causando inclusive transtornos e danos em várias cidades do Estado.

Estiagem agrícola 20 de março de 2023
Regiões são as mais afetadas pela falta de chuvas

No entanto, nos primeiros meses de 2022, e com mais intensidade no início de 2023, todo o Centro-Sul Baiano e parte do Norte de Minas foram afetados por condições climáticas que impediram o avanço das chuvas sobre estas regiões. O posicionamento do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (Vcan) e o bloqueio atmosférico foram os responsáveis por desviar as nuvens carregadas destas áreas.

 

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