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Bamin fecha acordo com Anglo American para venda de minério extraído em Caetité

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A Bahia Mineração (Bamin) firmou contrato de venda de minério de ferro para a gigante Anglo American, quinta desse segmento no mercado mundial. De acordo com comunicado da mineradora, o produto será destinado ao mercado externo.

O acordo entre as empresas prevê volume da produção estimada para este ano na mina Pedra de Ferro, localizada em Caetité, que atualmente extrai em baixa escala e que deve se tornar um projeto de grande porte na Bahia em breve.

A Bamin informou que o contrato com a mineradora anglo-sul-africana é fruto de uma negociação estratégica entre as duas empresas. A Anglo American irá comprar o produto com destino ao mercado internacional preservando o selo de qualidade da empresa baiana.

A Bamin afirma que extrai e produz um “minério diferenciado”, com teor metálico acima de 65%, o que o classifica na categoria premium. No mercado internacional, o minério de 62%, referência em negociações de traders na China, foi cotado ontem a US$ 121,40 a tonelada.

A mineradora informa ainda que o contrato assinado se deu na forma de “offtake” (modalidade de aquisição de parte da produção), sendo está a sua primeira negociação no formato.

O grupo Anglo American tem no país o sistema de produção Minas-Rio, que envolve uma mina em Conceição do Mato Dentro (MG), um mineroduto até o Porto do Açú, litoral do Rio de Janeiro, onde opera um terminal de exportação. Atualmente, a produção da empresa está na faixa de 24 milhões de toneladas por ano.

A mina Pedra de Ferro opera na capacidade de 1 milhão de toneladas de minério por ano devido à Bamin não dispôr de uma logística integrada de escoamento — sistema mina-ferrovia-porto. A empresa tem um projeto de chegar a 26 milhões de toneladas quando concluir seu projeto, em 2026.

A Bamin desenvolve o corredor logístico — trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL I, com 537 km de extensão, até Caetité — até o Porto Sul, em Ilhéus (BA). Ambos os projetos estão em fase de execução.

Criada em 2005, a mineradora é controlada pelo Eurasian Resources Group (ERG), do Cazaquistão. O projeto integrado mina-ferrovia-porto da companhia tem investimentos orçados em R$ 20 bilhões.

Com informações do Valor Econômico

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