O Hospital Municipal Esaú Matos, administrado pela Fundação de Saúde de Vitória da Conquista (FSVC), também é referência em realização de cirurgias de laqueadura e vasectomia, procedimentos de esterilização voluntária que são opções de métodos contraceptivos definitivos para quem deseja evitar a reprodução. Em média, o hospital realiza 12 laqueaduras e 48 vasectomias, mensalmente, ou seja, por ano, são realizadas, aproximadamente, 720 cirurgias de esterilização.
Os procedimentos fazem parte do Programa de Planejamento Familiar, pelo qual o hospital oferece orientações médicas sobre as vantagens, desvantagens, riscos e eficácia dos procedimentos. Para quem busca interromper definitivamente o ciclo reprodutivo, a enfermeira Adriana Luz explica que é necessário, inicialmente, agendar uma consulta com a equipe de Planejamento Familiar. “Todo último dia útil do mês, existe a liberação de uma agenda para marcação do Planejamento Familiar. Já os atendimentos individualizados acontecem sempre às quintas”, afirma a enfermeira.
Ainda de acordo com Adriana, inicialmente, os interessados em passar pelos procedimentos assistem uma palestra, momento em que recebem informações sobre reprodução humana. Em seguida, esses pacientes são orientados sobre os exames e a documentação necessária. Faz parte do processo, ainda, uma entrevista com a equipe multidisciplinar no Programa, formada por psicóloga, assistente social e enfermeira. Após a entrevista, o paciente é encaminhado para atendimento com médicos, que agendam a cirurgia.
Critérios para realização da laqueadura e da vasectomia:
Seguindo a nova Lei 14.443 de 2022, que entrou em vigor no dia 5 de março deste ano, laqueadura e vasectomia podem ser realizadas, respectivamente, por mulheres e homens a partir de 21 anos. Agora, também não é necessário ter filhos para realizar os procedimentos. Pela nova lei, também não é mais preciso o consentimento do cônjuge para que a cirurgia seja realizada.
Para as mulheres, outra novidade da Lei é que elas podem fazer a cirurgia no momento do parto, mas, para isso, precisam manifestar o interesse pelo procedimento, por escrito, com ao menos 60 dias antes e ter indicação médica para uma cesariana. Caso o parto seja normal, a laqueadura deverá ser feita em outro momento, como alerta o coordenador de obstetrícia do Hospital Esaú Matos, o ginecologista e obstetra, André Allan Martins: “Em casos de parto normal, não podemos submeter as pacientes a um procedimento cirúrgico no pós-parto imediato, unicamente com o objetivo de fazer a laqueadura, porque isso poderia causar mais riscos para elas nesse período puerperal” reforça o médico.
Para mais informações sobre Planejamento Familiar, entre em contato com o Hospital Municipal Esaú Matos, pelo telefone (77) 3420-6200.