Uma chuva no início da tarde desta quarta-feira (19) interrompeu um logo período de estiagem agrícola na cidade de Guanambi. Foram 82 dias sem precipitações significativas que atingissem por igual os diversos bairros da cidade.
Em toda a região, durante este período, iniciado com após a chuva do dia 27 de janeiro, ocorreram apenas pancadas e alguns raros temporais localizados.
O tempo começou a mudar na noite de terça-feira (18), após um dia com a marca histórica de 36,8ºC, a maior temperatura já registrada na cidade durante o outono em 15 anos de medições. Durante a madrugada, algumas localidades próximas à cidade também registraram chuvas significativas, como o distrito de Ceraíma, onde choveu cerca de 20 mm.
A chuva do início da tarde não foi volumosa para inverter o cenário de seca do ponto de vista do armazenamento de água e recuperação da vegetação, no entanto, foi suficiente para afastar o calor, depois quase três meses com temperaturas escaldantes. O Pluviômetro da Agência Sertão, localizado no Centro de Guanambi, registrou 22 mm. Já um leitor do site informou ter registrado 13 mm no bairro Morada Nova.
Na estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalada no Aeroporto Municipal Isaac Moura Rocha, o acumulado de chuva foi de 10,6 mm, entre 13h e 15h.
As previsões apontam uma leve trégua no calor, com máximas nos próximos dias próximas aos 30ºC e previsão de novas chuvas até sábado (22). Os volumes esperados neste período são de cerca de 20 mm. No entanto, em algumas localidades o volume pode ser maior, como pode acontecer de registrar chuvas mais escassas.
Mudança no padrão
Nos últimos três anos, sob influência da La Ñina, o semiárido baiano e o Norte de Minas receberam chuvas acima das médias históricas. As condições, entretanto, mudaram com o fim desta influência, provocando uma longa estiagem nestas regiões em uma época onde normalmente chove de forma mais regular.
Por conta das chuvas expressivas de outubro a dezembro, o acumulado de chuva registrado no Centro de Guanambi chegou a 858 mm, maior marca dos últimos seis anos, quando a Agência Sertão iniciou os registros. Mesmo assim, a falta de regularidade no fim do verão e início do outono deixaram estas regiões em condições adversas para a agricultura e pecuária.
