A Petrobras, a Shell e o Senai CIMATEC celebram, em parceria, a construção do Laboratório de Desenvolvimento de Produção (LDP), o maior complexo para pesquisa e desenvolvimento para pré-sal. O LDP vai viabilizar condições operacionais seguras semelhantes ao pré-sal brasileiro para testes de sistemas integrados.
De acordo com nota emitida pela Petrobras, a vantagem do sistema é avaliar a performance dos novos equipamentos antes que eles sejam utilizados em campo. O laboratório está sendo construído dentro do Senai Cimatec Park, localizado no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região de Salvador.
“A criação de um laboratório que possa simular as condições extremas do pré-sal é importante para o desenvolvimento de tecnologias que possam tornar a exploração e produção mais seguras e eficientes. O desenvolvimento de novas tecnologias é um fator importante na estratégia da Petrobras de reduzir as emissões de suas operações e o Laboratório de Desenvolvimento da Produção cumpre seu papel dentro dessa estratégia”, afirma Maiza Goulart, gerente executiva do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), destacando a parceria com a Shell. “O trabalho conjunto com as outras empresas de energia é uma forma de acelerarmos o atingimento dos nossos objetivos, com retorno positivo para o Brasil e benefício de toda a cadeia de petróleo e gás”.
“A criação dessa infraestrutura é um marco na parceria com a Shell e Petrobras. O LDP irá permitir avançar, de forma rápida e confiável, no desenvolvimento de novas tecnologias na área de poços, permitindo testar equipamentos e sistemas que hoje não podem ser realizados no Brasil. Além disso, o LDP pode ser um vetor para fortalecer a pesquisa e a inovação nacional, através de ações de P&D”, comenta Rosane Zagatti, gerente de Tecnologia da Shell Brasil.
Um poço de 300 metros de profundidade será perfurado no complexo. Conectado a ele, será construído um ‘flow loop’, unidade fechada composta por tubulações, compressores e bombas que simula o fluxo de produção de petróleo e gás.
Além da infraestrutura, o LDP vai contar com equipe técnica multidisciplinar de mestres e doutores com domínio em modelagem e análise de confiabilidade, engenharia avançada e especializada em simulações computacionais, materiais e exame de falhas e processos.
Os testes possibilitam que toda a cadeia da indústria de óleo e gás se beneficie: submarina, ‘Topsides’ (parte da plataforma de petróleo offshore que fica acima da linha da água), operações de produção, elevação e escoamento do óleo do fundo do mar e processamento.
“O LDP será fundamental para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono na indústria brasileira. Com o fortalecimento do ecossistema de educação, ciência, tecnologia, inovação e negócios do SENAI CIMATEC, aumentaremos nossa capacidade de apoiar a indústria nacional e global, contribuindo para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado”, comenta Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Cerca de R$ 254 milhões de reais estão sendo investidos no LDP, cuja construção atende às normas internacionais para qualificação e especificações técnicas do mercado. O projeto é financiado com recursos oriundos da cláusula de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A previsão é que laboratório comece a operar em 2024.